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Força de elite do Iraque detém avanço contra EI perto de Mosul

No nono dia da ofensiva, forças do governo e combatentes curdos ainda estão lutando para abrir caminho rumo aos limites mais distantes da cidade

Mosul: o combate adiante provavelmente será mais difícil e mortífero por causa da presença de civis (Ahmed Jadallah/Reuters)

Mosul: o combate adiante provavelmente será mais difícil e mortífero por causa da presença de civis (Ahmed Jadallah/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 17h45.

Leste de Mosul/Bagdá - Uma unidade de elite do Exército do Iraque interrompeu seu avanço de uma semana sobre Mosul ao se aproximar do extremo leste da cidade nesta terça-feira, esperando outras forças apoiadas pelos Estados Unidos para se lançar sobre o último grande bastião urbano do Estado Islâmico no país.

No nono dia da ofensiva sobre Mosul, forças do governo e combatentes curdos peshmerga aliados ainda estão lutando para abrir caminho rumo aos limites mais distantes da cidade do norte iraquiano, os primeiros estágios de um ataque que pode se tornar a maior operação militar no Iraque em mais de uma década.

A primeira força a se aproximar de Mosul, que avançou até ficar a dois quilômetros da segunda maior cidade iraquiana, foi o Serviço de Contraterrorismo (CTS, na sigla em inglês), unidade de elite treinada pelos EUA.

Os soldados do CTS se aproximaram pelo leste, expulsando o Estado Islâmico de uma região cristã que está sem moradores desde que os militantes sunitas ultrarradicais a tomaram em 2014.

O combate adiante provavelmente será mais difícil e mortífero por causa da presença de civis.

Cerca de 1,5 milhão de moradores permanecem na cidade, e as projeções mais pessimistas estimam que até um milhão deles podem ser obrigados a fugir, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Agências de assistência da ONU disseram que até agora os confrontos forçaram cerca de 9 mil pessoas a deixar seus lares.

Mas Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iraque, disse à Reuters que a ONU prevê um êxodo em massa de Mosul, talvez já nos próximos dias.

No pior dos cenários, Grande disse que também é possível que combatentes do Estado Islâmico que controlaram Mosul durante mais de quatro anos recorram a "armas químicas rudimentares" para conter o ataque iminente.

O porta-voz de direitos humanos da ONU, Rupert Colville, disse haver relatos de que os militantes mataram dezenas de pessoas nos arredores de Mosul na semana passada.

Segundo Colville, forças de segurança descobriram os corpos de 70 civis em casas do vilarejo de Tuloul Naser, ao sul de Mosul, na quinta-feira passada.

Também há relatos de que o Estado Islâmico matou 50 ex-policiais nas cercanias da cidade no domingo, informou ele.

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