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Fora do PV, Marina não pretende criar novo partido

A ex-senadora condenou o atual sistema partidário brasileiro: para ela, é preciso reinventar o sistema político do país

"Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva, defendido por mim nesta Casa quando eu era líder do governo", acusou Aldo Rebelo, sobre a ex-senadora do PV (Renato Araújo/Agência Brasil)

"Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva, defendido por mim nesta Casa quando eu era líder do governo", acusou Aldo Rebelo, sobre a ex-senadora do PV (Renato Araújo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 23h19.

São Paulo – Os dissidentes do PV não deverão formar um novo partido, disse hoje (7) a ex-senadora acriana Marina Silva, ao anunciar sua saída da sigla. Para ela, os partidos continuam sendo importantes, mas “precisam abandonar velhas práticas”.

“Estamos em um movimento de metabolizar uma nova forma de fazer política”, assinalou Marina. “Eu ainda não sei, o mundo inteiro não sabe, como ela é. Mas o que eu posso dizer é que ela não tem uma fórmula. Não é natural [que esse movimento] vire um partido político.”

A ex-senadora condenou o atual sistema partidário brasileiro. Para ele, é preciso reinventar o sistema político do país. “As pessoas estão discutindo reformar o sistema político. Lamento, mas acho que isso não é possível. Temos que reinventar a política. É esse movimento que estamos fazendo.”

Embora tenha anunciado hoje sua saída do PV, pelo qual se candidatou à Presidência da República no ano passado, a situação só será oficializada após a entrega do pedido de desligamento do PV à Justiça Eleitoral do Acre.

Em nota, o PT disse que a transformação do sistema político precisa ser feita com responsabilidade em discussões francas e abertas. "A transformação dos partidos políticos, como toda construção social, necessita ser conduzida de maneira democrática e responsável. Os processos devem ter como base a tolerância, a abertura para negociação, a persistência, a paciência e a humildade.”

“Não abriremos mão das discussões necessárias, francas e abertas, antes de efetivar modificações na organização e na dinâmica de nosso partido. O PT lamenta muito essa falsa polêmica artificialmente inflada sobre a falta de democracia interna.”

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