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FMI vai ajudar na reconstrução da economia do Egito

Segundo Strauss-Kahn, diretor-geral do fundo, tensões políticas ameaçam a "frágil" recuperação econômica

Protestos no Cairo contra Mubarak: oposição espera reunir 1 milhão de pessoas nas ruas (Chris Hondros/Getty Images)

Protestos no Cairo contra Mubarak: oposição espera reunir 1 milhão de pessoas nas ruas (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 09h10.

Brasília - O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou hoje (1º) que a instituição vai ajudar a reconstruir a economia do Egito. Desde a semana passada, o presidente egípcio, Hosni Mubarak, enfrenta manifestações contrárias ao governo que se espalharam das ruas do Cairo para o resto do mundo. Com isso, há toque de recolher, clima de incerteza e desabastecimento de alguns produtos.

A oposição egípcia espera reunir hoje 1 milhão de pessoas nas ruas das principais cidades do país. Nesta manhã, mais de 5 mil manifestantes tomaram conta do centro do Cairo. Os gritos de protesto estão em toda parte, assim como cartazes e fotos de Mubarak. Os manifestantes querem que ele deixe o poder.

Strauss-Kahn se disse preocupado com o agravamento dos desequilíbrios globais, referindo-se às tensões políticas em áreas como o Egito, a Tunísia e o Congo. Segundo ele, esses desequilíbrios ameaçam a “frágil” recuperação econômica.

"Embora a recuperação esteja em curso, não é a recuperação que nós queríamos", disse, acrescentando que o que está a acontecer é “uma capa das tensões e pressões”, que pode “até plantar as sementes da próxima crise”.

"O FMI está pronto para ajudar a desenvolver o tipo de política que poderá ser executada neste país", disse Strauss-Kahn. "Embora o crescimento permaneça inferior ao seu potencial nos países desenvolvidos, as economias emergentes e os países em desenvolvimento crescem muito mais rapidamente e alguns poderão estar prestes a entrar num estado de ‘sobreaquecimento’", afirmou.

Strauss-Kahn disse ainda que esses desequilíbrios globais “representam risco para a sustentabilidade da recuperação", adiantando que outro desequilíbrio preocupante é o aumento do número de desempregados em alguns países.

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