Mundo

FMI suspende plano de ajuda ao Iêmen alegando incerteza

O Fundo havia concedido ao Iêmen uma linha de crédito de US$ 552 milhões desembolsável por etapas durante um período de três anos


	A segurança piora consideravelmente no Iêmen, onde a Arábia Saudita lançou uma operação militar para frear o avanço de rebeldes xiitas
 (Saleh al-Obeidi/AFP)

A segurança piora consideravelmente no Iêmen, onde a Arábia Saudita lançou uma operação militar para frear o avanço de rebeldes xiitas (Saleh al-Obeidi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 16h28.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou na quinta-feira a suspensão por tempo indeterminado de seu plano de ajuda ao Iêmen por causa das "numerosas dúvidas" sobre a crise que afeta o país.

"Considerando as numerosas dúvidas que cercam atualmente o Iêmen, esta auditoria foi suspensa até que a situação se torne mais clara", declarou o porta-voz do FMI, William Murray, em coletiva de imprensa.

Em setembro, o FMI concedeu ao Iêmen uma linha de crédito de 552 milhões de dólares desembolsável por etapas durante um período de três anos. O próximo pagamento deveria ser efetivado no primeiro semestre de 2015, ao final de uma auditoria.

A segurança piora consideravelmente no Iêmen, onde a Arábia Saudita, à frente de uma coalizão de países árabes, lançou nesta quinta-feira uma operação militar para frear o avanço de rebeldes xiitas (huthis), apoiados pelo Irã, que criticou duramente esses bombardeios.

Os huthis combatem contra as unidades do exército iemenita fiéis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh, que deixou o poder em 2012, após 33 anos no cargo.

O Iêmen é o único país da Primavera Árabe onde a insurreição popular levou à saída negociada do presidente, substituído pelo vice-presidente, Abd Rabo Mansur Hadi.

Em meados de março, o Banco Mundial também anunciou a suspensão de suas atividades no Iêmen em razão do agravamento do conflito.

Acompanhe tudo sobre:CréditoDinheiroFMIIêmen

Mais de Mundo

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"