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FMI: país retoma crédito 2 anos após reestruturar dívida

Estudo do FMI enfoca 447 reestruturações da dívida com governos credores desde 1950

Sede do Fundo Monetário Internacional: estudo aponta que tentativas de redução da dívida aumentam a chance de litígios (Wikimedia Commons)

Sede do Fundo Monetário Internacional: estudo aponta que tentativas de redução da dívida aumentam a chance de litígios (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2011 às 14h23.

São Paulo - A maioria dos países que reestruturaram suas dívidas nos últimos 60 anos conseguiu retomar seus empréstimos no mercado financeiro relativamente rápido, segundo uma pesquisa de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que deve ser publicada em breve.

De acordo com a pesquisa, os países que passam por reestruturações fiscais podem retomar os empréstimos em um ou dois anos. Quanto maior a perda que os credores são obrigados a aceitar, mais tempo o país fica excluído dos mercados financeiros, aponta o estudo do Fundo.

O trabalho nota que, caso haja uma tentativa de reduzir fortemente a dívida, aumenta a chance de os credores resistirem e a possibilidade de litígios e riscos para os empréstimos futuros.

O estudo enfoca 185 casos envolvendo credores privados e 447 reestruturações da dívida com governos credores desde 1950. Desses, 57 envolveram uma redução no valor de face da dívida e 128 foram prorrogações nos prazos para se saldar as dívidas.

O próprio FMI pode ter de monitorar uma reestruturação na dívida da Grécia no ano que vem, conforme os mercados financeiros tornam-se cada vez mais céticos sobre a possibilidade de o país europeu conseguir honrar seus compromissos. A pesquisa do FMI mostra que a Grécia pode entrar em território de certa maneira desconhecido: todas as nações que reestruturaram suas dívidas com entidades privadas desde 1950 eram países em desenvolvimento não desenvolvidos - como a Grécia. Contudo, o rascunho do trabalho do FMI, obtido agência pela Dow Jones, não enfoca importantes questões em relação ao caso grego.

O comissário de economia da União Europeia, Olli Rehn, disse recentemente que a reestruturação grega poderia gerar uma "reação em cadeia" e "contágios" nos mercados de dívidas soberanas. As informações são da Dow Jones.

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