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FMI: novos recursos não estão reservados à Europa

Linha de crédito para a crise não será utilizada em uma região específica

Christine Lagarde, diretora do FMI (Manan Vatsyayana/AFP)

Christine Lagarde, diretora do FMI (Manan Vatsyayana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2012 às 18h00.

Washington - O comitê de direção política do Fundo Monetário Internacional (FMI) vai dizer aos membros do fundo que novos recursos para sua linha de crédito contra a crise, além dos US$ 430 bilhões atuais, não serão destinados a uma região específica, de acordo com um rascunho do comunicado da reunião do grupo de ministros de finanças, em Washington. Trata-se de uma resposta às preocupações de que o dinheiro seria usado para socorrer outro país da zona do euro.

"Esses recursos estarão disponíveis para todos os membros do FMI e não estão reservados para uma região específica", diz o rascunho, datado de sexta-feira e examinado neste sábado pela agência Dow Jones. O FMI afirmou que a política monetária em economias avançadas deve permanecer acomodatícia, mas, ao mesmo tempo, países ricos devem se preparar para não mais usar ferramentas extraordinárias como compras de bônus em grande escala.

"A política monetária pode continuar acomodatícia enquanto as expectativas de inflação permanecerem ancoradas. Ao mesmo tempo, é importante estar preparado para a saída das necessárias medidas expansionistas e fora do padrão em política monetária", afirma o rascunho.

Para a zona do euro, o rascunho diz que "um progresso contínuo para garantir sustentabilidade da dívida, garantir estabilidade financeira, buscando reparos no setor financeiro e realizando expressivas reformas estruturais, será essencial para impulsionar a confiança, a produtividade e um crescimento forte e equilibrado".

As economias emergentes continuarão sendo afetadas pela atual turbulência na Europa, assim como os elevados e voláteis preços do petróleo e de outras commodities. "O rápido crescimento do crédito em algumas economias também pede um fortalecimento de políticas e estruturas prudenciais", explica o documento. O rascunho acrescenta que o Fundo vai apoiar países árabes que passam por um processo de transição política. As informações são da Dow Jones.

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