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FMI não comenta busca policial na casa de Lagarde

"Não seria apropriado fazer comentários sobre um caso que esteve, e continua a estar, nas mãos da justiça francesa", declarou porta-voz do FMI


	Prédio onde Lagarde mora, em Paris: a busca é parte de uma investigação sobre a venda de equipamento esportivo ao banco Crédit Lyonnais
 (Martin Bureau/AFP)

Prédio onde Lagarde mora, em Paris: a busca é parte de uma investigação sobre a venda de equipamento esportivo ao banco Crédit Lyonnais (Martin Bureau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 13h53.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) se recusou a comentar a busca policial realizada nesta quarta-feira, em Paris, na residência da diretora-gerente da organização, Christine Lagarde.

"Como já dissemos antes, não seria apropriado fazer comentários sobre um caso que esteve, e continua a estar, nas mãos da justiça francesa", declarou em um comunicado o porta-voz do FMI, Gerry Rice.

"Antes de sua nomeação como diretora geral, o Conselho de Administrativo do FMI discutiu o assunto e expressou sua confiança de que Lagarde seria capaz de realizar suas tarefas", acrescentou Rice.

Estas declarações foram feitas logo após a polícia francesa realizar uma busca na casa de Lagarde, como parte de uma investigação sobre a venda de equipamento esportivo ao banco Crédit Lyonnais e sobre o papel que ela teria tido quando ainda era ministra das Finanças do país (2007-2011).

Lagarde recorreu a um processo de arbitragem para resolver a disputa que opôs o Crédit Lyonnais ao francês Bernard Tapie.

O tribunal arbitral, uma jurisdição privada, condenou em julho de 2008 o órgão do governo responsável pela gestão do Crédit Lyonnais a pagar uma indenização a Tapie de 285 milhões (400 milhões com os juros).

A justiça francesa investiga esta arbitragem. Buscas foram realizadas nas casas e escritórios do ex-secretário-geral do Palácio do Eliseu, Claude Guéant, do empresário Bernard Tapie e de Stéphane Richard, então diretor do gabinete de Lagarde.

Lagarde assumiu o cargo no FMI após Dominique Strauss-Kahn renunciar após ser acusado de abusar sexualmente de uma camareira em um hotel de Nova York.

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