Sede do FMI: debate sobre sucessão já começou (Divulgação/IMF)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 18h41.
Washington - O FMI iniciou esta quinta-feira uma reunião para iniciar o processo de seleção de um novo diretor-gerente, depois que Dominique Strauss-Kahn pediu demissão após ser acusado de tentativa de estupro.
"O decano do conselho de administração do Fundo iniciou os contatos com seus colegas no processo de seleção do diretor-gerente", disse o porta-voz do Fundo, William Murray.
O decano do conselho de 24 membros é Abdel Shakour Shaalan, um egípcio que representa os Estados árabes.
Os 24 membros do conselho administrativo representam 187 países-membros, tanto a título individual quanto por grupo de países.
Os 24 diretores têm voto de acordo com o volume da contribuição de seus respectivos países ou grupos de país ao Fundo.
O diretor interino do FMI, John Lipsky, havia dito mais cedo que o conselho executivo da instituição se reuniria para iniciar o processo de seleção de um novo diretor-geral, depois da demissão de Dominique Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro.
"É a responsabilidade dos Estados-membros, não do pessoal, nem da direção", acrescentou, deixando a decisão para o conselho de administração.
Strauss-Kahn renunciou ao cargo em comunicado dirigido ao conselho execurtivo de 24 membros do FMI na meia-noite de quarta-feira, quatro dias depois de ser detido em Nova York, acusado de agrssão sexual e tentativa de estupro contra a funcionária de um luxuoso hotel em Nova York.
O FMI publicará um cronograma para a apresentação de candidaturas e a eleição do diretor-geral.
Tradicionalmente, a direção do FMI é ocupada por um europeu e a do Banco Mundial, por um americano. Mas alguns países emergentes, entre os quais Brasil, China, Argentina e México, pedem que o critério de escolha não seja só geográfico e que seja transparente.