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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Madri - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse hoje que a economia da Espanha enfrenta "graves" desafios, mas elogiou as recentes medidas do governo para lidar com alguns dos problemas do país no curto e longo prazos.
"Os diretores elogiaram a decisiva resposta política das autoridades do país à turbulência no mercado financeiro para garantir a confiança e promover um reequilíbrio tranquilo da economia", afirmou a diretoria executiva do fundo na sua análise anual sobre a economia do país. "Ações contínuas" serão necessárias, acrescentou o FMI.
"A Espanha está sofrendo com o colapso de um boom de uma década no mercado imobiliário, que levou a economia para a recessão e as contas do setor público para o negativo. A frágil posição orçamentária do país o torna vulnerável à propagação da crise financeira da Europa", comentou o FMI.
O governo do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero tem promovido novas medidas de austeridade, uma reforma da atrasada legislação do mercado trabalhista e uma limpeza acelerada dos problemáticos bancos de poupança do país.
O FMI espera que o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha registre uma retração de 0,4% em 2010 e tenha um crescimento de 0,6% em 2011. O fundo prevê que o déficit orçamentário do país será equivalente a 9,3% do PIB em 2010, cumprindo a meta do governo. Mas a instituição acredita que a Espanha não vai conseguir atingir a meta de um déficit de 3% do PIB em 2013, que é a exigência da União Europeia. Para o FMI, o déficit orçamentário da Espanha vai ficar em 5,9% do PIB em 2013. As informações são da Dow Jones.