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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Washington - Os problemas da zona do euro não desestabilizaram a recuperação econômica global, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira, mas a instituição alertou que as crescentes preocupações com os níveis de dívida soberana continuam a representar um risco.
Em sua Perspectiva Econômica Mundial, divulgada nesta quinta, o Fundo elevou sua previsão de crescimento global em 2010 para 4,6%, dos 4,2% anteriormente. Para 2011, a previsão foi mantida em 4,3%. Em relação ao Brasil, a projeção do FMI é que o PIB cresça 7,1% neste ano e 4,2% em 2011.
Segundo o FMI, vários fatores, incluindo a fraqueza do mercado imobiliário nos EUA, as questões sobre as reservas de capital dos bancos europeus e a incerteza sobre o impacto das reformas regulatórias, continuam a trazer riscos para a recuperação mundial.
"Uma queda na confiança em relação à sustentabilidade fiscal, às respostas das políticas públicas e às perspectivas de crescimento futuro lançaram uma nuvem sobre a previsão", disse o FMI em seu relatório, notando que "o potencial efeito redutor sobre o crescimento do recente estresse financeiro é altamente incerto".
O Fundo continua a esperar dos países emergentes e em desenvolvimento, que vêm puxando o crescimento global, uma expansão mais rápida do que a dos países avançados. A instituição estima que as economias emergentes vão crescer 6,8% neste ano - mais do que o dobro da expansão de 2,6% projetada para as economias avançadas.
Essa tendência deve continuar ao longo de 2011, quando os mercados emergentes devem crescer em 6 4% e as economias avançadas, em 2,4%, segundo o Fundo.
O FMI espera um crescimento econômico particularmente forte na Ásia. Para a China, a expansão projetada para este ano é de 10 5% e para o ano que vem, de 9,6%. Na Índia, o FMI espera que o PBI cresça 9,4% neste ano e 8,4% no ano que vem. As informações são da Dow Jones.
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