Para o FMI, o reequilíbrio da economia chinesa deve se basear mais no crescimento do consumo interno do que sobre as exportações (Philippe Lopez/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2011 às 08h19.
Washington - O Fundo Monetário Internacional destacou nesta quinta-feira o "progresso considerável" que a China obteve na supervisão e regulamentação do seu mercado financeiro, que ainda precisa se basear mais na oferta e na demanda.
O FMI também insistiu com Pequim para que eleve o valor do iuane e prossiga com as reformas econômicas destinadas a mudar seu modelo de crescimento, estimando que a China e outros países obterão "benefícios substanciais" com tais medidas.
Os administradores do Fundo "felicitaram as autoridades (chinesas) pelos progressos consideráveis que obtiveram ao basear o sistema financeiro mais sobre a oferta e a demanda, e por melhorar a regulamentação e a supervisão".
Também "insistiram no fato de que uma mescla de valorizarção da moeda e de reformas visando reequilibrar o modelo de crescimento se traduziria em benefícios substanciais tanto para a China como para outros países".
O comunicado se refere à reunião do Conselho de Administração do Fundo realizada em 15 de julho passado, e que permitiu a aprovação do relatório de avaliação anual da economia chinesa. Em 2010, Pequim autorizou o Fundo a publicar este relatório pela primeira vez desde 2006.
O relatório, como no ano passado, destaca que o iuane segue "fortemente inferior ao nível que deveria estar com base nos dados econômicos a médio prazo".
Para o FMI, o reequilíbrio da economia chinesa deve se basear mais no crescimento do consumo interno do que sobre as exportações.