Repórter
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 18h52.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quarta-feira, 26, que chegou a um entendimento com o governo da Ucrânia sobre um novo programa de apoio financeiro de US$ 8,2 bilhões, cerca de R$ 43,7 bilhões.
A iniciativa visa fortalecer as reformas econômicas em curso no país, que enfrenta os efeitos prolongados da guerra iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. O acordo ainda depende da aprovação do conselho executivo da instituição.
O programa integra um pacote de assistência internacional mais amplo, estimado em US$ 122 bilhões, aproximadamente R$ 650 bilhões, voltado para a reconstrução e estabilização econômica da Ucrânia.
"Este programa tem como objetivo servir de catalisador para um apoio externo mais amplo que permita à Ucrânia lidar com suas dificuldades de financiamento", declarou o chefe da missão do FMI, Gavin Grey, citado no comunicado.
De acordo com estimativas do próprio FMI, o governo ucraniano terá um déficit de financiamento de cerca de US$ 63 bilhões para o biênio fiscal de 2026-2027, e um total acumulado de US$ 136,5 bilhões até 2029.
Segundo comunicado da entidade, o plano poderá ser ajustado conforme o avanço das negociações de paz e a evolução da situação no país. O texto ressalta que a recalibração dependerá do "progresso alcançado na resolução do conflito".
Enquanto isso, os Estados Unidos continuam articulando esforços diplomáticos. O presidente Donald Trump declarou que faltam apenas "alguns pontos de discordância" para se chegar a um acordo entre Moscou e Kiev. A proposta americana, inicialmente vista como favorável à Rússia, foi revista após a rodada de negociações realizada no domingo, em Genebra, com representantes da Ucrânia, dos Estados Unidos e da União Europeia.
A guerra segue impactando diretamente a infraestrutura crítica ucraniana. Novos ataques russos, segundo o FMI, agravaram os danos à rede elétrica do país. Apesar do cenário adverso, a entidade financeira destaca que a economia da Ucrânia dá sinais de resiliência, com expectativa de crescimento de 2% ainda neste ano.
(Com informações da agêncis AFP)