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FMI: alta do iuane diminui dependência de exportações

Órgão acredita que moeda valorizada faria aumentar o papel do consumo das famílias na economia chinesa

Países da região com alto superávit comercial podem seguir a China no processo de aumentar consumo interno, se iuane for valorizado (Arquivo/AFP/AFP)

Países da região com alto superávit comercial podem seguir a China no processo de aumentar consumo interno, se iuane for valorizado (Arquivo/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2010 às 10h49.

Washington - A China deve reforçar o valor de sua moeda, o iuane, para que sua economia dependa menos das exportações e se oriente mais pela demanda interna, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório semestral de previsões econômicas, divulgado nesta quarta-feira.

"Na China, é fundamental um reequilíbrio para aumentar o papel desempenhado pelo consumo das famílias no crescimento interno", destacou o FMI.

"À medida em que uma valorização da moeda chinesa pode facilitar esse processo, outros países da região com superávit (comercial) poderão seguir o mesmo movimento", afirmou.

A publicação do informe coincide com a reunião dos ministros das Finanças dos 187 países membros do FMI, que começa na sexta-feira em Washington sob o espectro de uma "guerra de divisas" que ameaça a economia mundial.

Europa e Estados Unidos acusam a China de manter uma política monetária que favorece suas exportações e seu crescimento - e que representa concorrência desleal em relação aos países ocidentais.

Pequim, no entanto, não deu até agora qualquer sinal de que aceita estas pressões.

O FMI manteve sem modificações suas previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que deve ser de 10,5% em 2010 e de 9,6% em 2011.

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