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FMI: Alemanha não merece o título de locomotiva econômica

O motivo é a excessiva dependência das exportações

No entanto, o fundo reconhece que o país recuperou toda a riqueza perdida durante a crise e voltará a crescer 3,2% este ano (Charly Triballeau/AFP)

No entanto, o fundo reconhece que o país recuperou toda a riqueza perdida durante a crise e voltará a crescer 3,2% este ano (Charly Triballeau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 14h38.

Berlim - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou nesta terça-feira que a Alemanha não merece ser considerada "a locomotiva" econômica da Europa, devido à excessiva dependência das exportações.

É certo que a "Alemanha recuperou toda a riqueza perdida" durante a crise e voltará a crescer 3,2% este ano, reconhece o Fundo em seu informe anual sobre a economia alemã, publicado nesta terça-feira, no qual confirma uma previsão de crescimento que coincide com a do governo alemão.

Também é verdade que o país conta com "mais empregos" do que antes da recessão mas, segundo o FMI, "suas perspectivas de crescimento a longo prazo continuam sendo fracas e dependem, sobretudo, das exportações"; e isso "reduz suas possibilidades de contribuir de forma substancial com o crescimento na Europa, para não falar do mundo inteiro".

A médio prazo, o Fundo adverte que a Alemanha terá dificultades para superar, num futuro próximo, um nível de crescimento de entre 1 e 1,25%, se não partir para reformas.

"A Alemanha não é a locomotiva econômica da Europa", insiste Ashok Mody, chefe do departamento Europa do FMI, citado no informe.

O país "pode fazer mais", afirmou durante entrevista por telefone Juha Kahkonen, seu número dois, que pede uma ação da Alemanha, principalmente em relação a impostos, à educação infantil e à inovação.

"Não somos a favor de uma baixa generalizada dos impostos", esclareceu, destacando que a prioridade da política fiscal alemã deveria ser o favorecimento do emprego entre alguns segmentos da população, pouco representados no mercado de trabalho, em particular as mulheres ou as pessoas com mais idade.

Kahkonen considerou que subsistem "bolsas de vulnerabilidade" no setor bancário alemão, sobretudo no que diz respeito às instituições públicas regionais, Landesbanken.

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