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Fluxos privados de capital a mercados emergentes crescem 50% em 2010

Ásia e América Latina são as regiões que mais receberam capital; especialista teme que fluxo cause inflação e valorização das moedas nos emergentes

Estimativa mostra que fluxos privados de capital rumo aos  emergentes vão chegar a US$ 1 trilhão em 2013 (Arquivo/Stock.XCHNG)

Estimativa mostra que fluxos privados de capital rumo aos emergentes vão chegar a US$ 1 trilhão em 2013 (Arquivo/Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 15h23.

Washington - Os fluxos privados de capital aos mercados emergentes alcançaram em 2010 US$ 908,3 bilhões, 50% a mais que em 2009, dos quais US$ 220,2 bilhões foram para a América Latina, disse nesta segunda-feira o Instituto de Finanças Internacionais (IIF).

O IIF, a principal associação bancária do mundo e que conta com 420 membros, estimou que os fluxos privados de capital rumo aos mercados emergentes continuarão sua tendência de alta em 2011 até os US$ 960 bilhões e chegarão a US$ 1 trilhão em 2012.

O diretor-geral do IIF, Charles Dallara, ressaltou em comunicado a força dos fluxos privados de capital aos mercados emergentes, mas disse que podem gerar problemas de "inflação e pressões sobre as taxas de câmbio".

Por regiões, os mercados emergentes da Ásia atraíram quase 40% do total destes fluxos (US$ 446,9 bilhões) em 2010.

A América Latina se situa em segundo lugar com US$ 220,2 bilhões, um aumento de US$ 76 bilhões em relação a 2009, e ligeiramente abaixo do recorde de US$ 234 bilhões de 2007.

Depois aparecem os mercados emergentes da Europa, com US$ 154,2 bilhões, e da África e do Oriente Médio, que chegaram em 2010 a US$ 87 bilhões.

Segundo o IIF, as perspectivas de crescimento para os mercados emergentes se mantêm em taxas positivas de 6,3% para 2011 e 6,2% para 2012, o que, junto "a melhores percepções de risco relativo", favorecerá a chegada destes fluxos de capital no futuro próximo.

O organismo internacional estima um crescimento de 6,1% para a América Latina em 2011, impulsionado principalmente pelas economias de Brasil, Argentina e México.

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