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Fluxo de água de represa que rompeu no Laos será "normalizado em breve"

Especialistas esperam que o volume de água em Laos volte ao normal se não chover, mas os meteorologistas prevem chuvas para os próximos dias

O volume de água lançado pela represa já diminuiu em Laos (Soe Zeya Tun/Reuters)

O volume de água lançado pela represa já diminuiu em Laos (Soe Zeya Tun/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de julho de 2018 às 10h29.

Bangcoc - O fluxo de água decorrente da represa em construção que se rompeu na segunda-feira no Laos, deixando 27 mortos, 131 desaparecidos e milhares de afetados, além de inundar várias aldeias, será normalizado "muito em breve" se não chover, disse nesta quinta-feira a firma tailandesa que participa da obra.

"Os engenheiros e técnicos já inspecionaram as condições da represa e de outras barragens do projeto", confirmou a Ratchaburi Electricity Generating Holding (RATCH) em comunicado.

"O volume de água lançado pela represa diminuiu e está previsto que volte à normalidade muito em breve se não chover", acrescentou esta companhia que tem uma participação de 25% em Xe-Pian Xe-Namnoy Power Company (PNPC), a sociedade de joint venture responsável do projeto e registrada no Laos.

Os outros membros na PNPC são a Lao Holding State Enterprise (LHSE), 26%; e as coreanas Korea Western Power (KOWEPO), 25%, e SK Engineering and Construction (SK E&C), 24%.

O serviço meteorológico do Laos prevê para os próximos dias no sul do país precipitações entre fortes e moderadas acompanhadas de fortes ventos.

O primeiro-ministro laosiano, Thongloun Sisoulith, anunciou ontem que tinham completado as operações para resgatar as pessoas presas em casas e árvores, cerca de 6,6 mil afetados, e que faltava encontrar 131 pessoas dadas por desaparecidas.

"O impacto das inundações é enorme", declarou o líder do regime comunista durante uma alocução incomum que ofereceu após visitar a principal zona afetada, a província de Attapeu.

China, Coreia do Sul, Japão, Singapura, Tailândia e Vietnã ofereceram ajuda e enviaram equipes e material para os evacuados, que recebem assistência da Cruz Vermelha do Laos e outros organismos internacionais em colaboração com as autoridades do país.

Enquanto o número de desaparecidos ficou estabelecido pelo primeiro-ministro em 131, a lista de vítimas mortais oscila entre 1 morto e 27, segundo a fonte oficial consultada.

O rompimento na segunda-feira da represa que a PNPC constrói nos rios Xe Pian e Xe Namnoy liberou 5 bilhões de metros cúbicos de água que inundaram diversas aldeias.

As inundações já atingiram o norte do Cambodja, onde foram evacuadas cerca de 1,2 mil famílias da província de Stung Treng.

A RATCH atribuiu em um comunicado a catástrofe "às continuas chuvas que causaram a entrada de um grande volume de água na represa".

O projeto que desenvolve PNPC faz parte de um plano nacional para aproveitar a rede fluvial do país e converter o Laos em uma fonte geradora de eletricidade limpa para o Sudeste Asiático.

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