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Flórida usará novo medicamento em condenado

As autoridades da Flórida executarão com uma injeção letal Darius Kimbrough condenado a morte pelo estupro e por espancar até matar, em 1991, Denise Collins


	Prisão: no julgamento, Kimbrough foi considerado culpado de homicídio em primeiro grau, roubo e estupro, sendo condenado a morte e a prisão perpétua
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Prisão: no julgamento, Kimbrough foi considerado culpado de homicídio em primeiro grau, roubo e estupro, sendo condenado a morte e a prisão perpétua (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 16h35.

Miami - As autoridades da Flórida, nos Estados Unidos executarão nesta terça-feira com uma injeção letal Darius Kimbrough, de 40 anos, condenado a morte pelo estupro e por espancar até matar, em 1991, Denise Collins, de 28 anos.

A jovem foi achada em 3 de outubro de 1991 nua, coberta de sangue e praticamente inconsciente no banheiro de seu apartamento no condado de Orange, no centro da Flórida.

Levada para o hospital, Denise morreu no dia seguinte em consequência das agressões. Os detetives da polícia encontraram sêmen nos pelos pubianos e nos lençóis da cama da jovem assassinada, assim como em uma toalha.

Sendo realmente executado, Kimbrough, que tinha 19 anos quando cometeu os crimes, seria o 81º preso na Flórida a ter a pena de morte cumprida desde que a Corte Suprema a restabeleceu em 1976 e o segundo a receber uma injeção letal com um novo fármaco.

Na semana passada, um grupo de advogados que representa sete presos condenados à morte apelaram na Corte Federal de Jacksonville, no litoral nordeste da Flórida, para que se impeça o uso do novo fármaco Midazolam. Segundo eles, o medicamento não oferece garantias suficientes para as execuções por injeção letal.

O processo se baseia em o novo remédio não estar provado nem aprovado cientificamente para este tipo de uso, explicou a Agência Efe Carlos Ramos, diretor da organização União Americana de Liberdades Civis da Flórida (ACLUF).

Em 15 de outubro William Happ, de 50 anos, se tornou no primeiro réu a ser executado usando cloridrato de Midazolam como sedativo. Testemunhas da imprensa local que assistiram à execução disseram que durou mais de 15 minutos, muito mais longa do que o habitual.

Segundo especialistas, o cloridrato de Midazolam, utilizado principalmente para tratar a ansiedade, não é um sedativo apropriado para ser incluído dentro do "coquetel mortal" de três fármacos fornecidos para induzir a inconsciência, paralisia e a morte por parada cardíaca.

Kimbrough foi condenado à pena capital em 1994 pela morte de Denise, por estupro e assassinato, depois de invadir a casa dela por uma porta de vidro.

Kimbrough foi detido cinco meses mais tarde após estuprar outra mulher, de 22 anos, enquanto ela dormia em seu quarto. A polícia o identificou pelas impressões digitais que deixou em uma janela da casa.

No julgamento foi considerado culpado de homicídio em primeiro grau, roubo e estupro, sendo condenado a morte e a prisão perpétua. 

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