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Flórida se prepara para chegada de novo furacão

Tempestade Milton está no Golfo do México e se aproxima do estado americano depois de de subir para a categoria de furação 1

Cheryl Phillips e seu cão, Kite, buscam cadáveres após a passagem do furacão Helene por Burnsville, Carolina do Norte, em 5 de outubro de 2024 (AFP)

Cheryl Phillips e seu cão, Kite, buscam cadáveres após a passagem do furacão Helene por Burnsville, Carolina do Norte, em 5 de outubro de 2024 (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 07h26.

Última atualização em 7 de outubro de 2024 às 07h31.

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Um novo furacão se aproxima da Flórida, neste domingo, 6, em meio à polêmica em torno da ajuda federal às vítimas do devastador furacão Helene, que passou pelo sudeste dos Estados Unidos há uma semana.

A tempestade Milton, que está no Golfo do México, virou furacão de categoria 1 (em uma escala que vai até 5) e se espera que ganhe força até se tornar um "furacão de grande alcance" (de categoria 3 ou superior) antes de tocar o solo na Flórida em meados da próxima semana, alertou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).

Essas previsões geraram preocupação na Flórida, assim como em todo o sudeste do país, em grande parte devastado pelo Helene.

Os serviços de emergência seguem trabalhando arduamente para ajudar as muitas vítimas deste furacão, o segundo mais mortal a passar pelos Estados Unidos depois do Katrina, em 2005.

Helene, que atingiu seu ponto máximo como furacão de categoria 4, causou até agora 226 mortes em meia dúzia de estados do sudeste do país e provocou inundações de grande porte.

O Observatório Meteorológico dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) alertou, no fim de maio, que a temporada de furacões, que se estende do começo de junho até o fim de novembro, se anunciava desta vez como extraordinária, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior.

Segundo vários cientistas, com o aumento da temperatura dos oceanos provocado pelo aquecimento global, torna-se mais provável a intensificação rápida das tempestades e aumenta o risco de furacões mais poderosos.

Totalmente preparados

Deanne Criswell, chefe da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), disse ao programa "This Week", da emissora ABC, que as autoridades federais estavam "absolutamente preparadas" para enfrentar a nova tempestade.

"Começamos a nos preparar para isto há vários dias, antes de [a tempestade] se formar. Sabemos que avança diretamente para a Flórida", disse em entrevista à ABC.

"Mobilizamos recursos à altura das necessidades", acrescentou, explicando que as equipes já estão no local.

Neste domingo, o governador da Flórida, Ron DeSantis, aumentou para 51 o número de condados em estado de emergência antes da chegada da tempestade. No total, os condados da área somam 67.

Segundo o NHC, "fortes precipitações vão afetar partes da Flórida" neste domingo e na segunda-feira, mesmo antes da chegada de Milton, que avança com ventos máximos sustentados de 130 km/h.

Embora "ainda seja muito cedo para especificar a escala exata e a localização dos impactos significativos", a agência alerta para a possibilidade de "ventos destrutivos" e marés de tempestade importantes durante a semana.

Boatos

Esta nova ameaça ocorre no momento em que as autoridades americanas lutam para neutralizar uma enxurrada de desinformação sobre a ajuda fornecida às vítimas da catástrofe no sudeste do país.

O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump repetiu no sábado acusações, também reproduzidas pelo bilionário Elon Musk, dono da plataforma X, de que o governo democrata teria redirecionado fundos de ajuda destinados às zonas afetadas pelo furacão Helene para programas a favor dos migrantes.

"É francamente ridículo e simplesmente falso", reagiu, neste domingo, a diretora da Fema, criticando a onda de boatos que inunda as redes sociais sobre o tema.

No começo da semana, Trump havia acusado o governo e as autoridades democratas da Carolina do Norte de "não darem assistência deliberadamente aos habitantes das áreas republicanas".

"Este tipo de retórica não ajuda as pessoas", lamentou Deanne Criswell, preocupada com o impacto das notícias falsas no trabalho dos serviços de emergência.

Os afetados "têm medo de nos pedir ajuda ou se registrar para receber ajuda", disse. "E isso tem um impacto considerável na comodidade das nossas equipes [...] É desmoralizante".

A Fema, assim como as autoridades da Carolina do Norte, o estado mais afetado pelo furacão, criaram uma página para rebater as informações falsas, como aquela segundo a qual as famílias que pediram ajuda federal após o desastre poderiam ser expropriadas.

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