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Flórida cancela execução de réu a minutos da realização

Após ter feito o que poderia ser sua última refeição, o preso John Errol, que já se preparava para receber uma injeção letal, se viu envolvido em uma série de processos

John Errol Ferguson, 64: desde que a pena de morte foi restabelecida na Flórida em 1976, este estado executou 72 réus (REUTERS)

John Errol Ferguson, 64: desde que a pena de morte foi restabelecida na Flórida em 1976, este estado executou 72 réus (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 13h15.

Miami - Prevista para ser realizada ontem na Flórida, a execução de um réu, que sofre de esquizofrenia e acredita ser o "príncipe de Deus", acabou sendo adiada, isso se ainda for ocorrer, para a primeira semana de novembro, informou nesta quarta-feira o Supremo Tribunal dos Estados Unidos.

Após ter feito o que poderia ser sua última refeição, o preso John Errol, que já se preparava para receber uma injeção letal, se viu envolvido em uma série de processos judiciais de última hora que acabaram impedindo sua execução.

Isso porque, a Suprema Corte dos Estados Unidos resolveu atender um recurso de último minuto apresentado por um tribunal federal de apelações para invalidar a execução de Ferguson, condenado à morte por causa de oito assassinatos.

Em sua decisão, a qual a Agência Efe teve acesso hoje, o Supremo estabeleceu uma nova audiência para que a defesa de Ferguson e as autoridades da Flórida exponham seus argumentos, o que adiará sua execução, se é que a mesma ainda será realizada, até o dia 6 de novembro.

O curioso é que o Supremo aceitou o recurso do tribunal de apelações apenas algumas horas depois de ter rejeitado outros recursos apresentados pela defesa, os quais também pretendiam anular a execução deste réu que há 34 anos se encontra no corredor da morte.


No que seria seu último dia de vida, Ferguson, de 64 anos, não recebeu visitas e pediu um sanduíche da cantina da prisão de Raiford (ao norte da Flórida) em sua última refeição, assim como chá doce para beber, detalhou à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Prisões da Flórida.

O governador da Flórida, Rick Scott, estabeleceu sua execução com injeção letal no último dia 16 de outubro, mas a decisão acabou sendo adiada pelos recursos apresentados por sua defesa, que alega que o preso não tem capacidade mental para entender sua condenação.

Recentemente, um grupo de psiquiatras avaliou o réu a pedido da defesa e determinou que, apesar de acreditar que é o "príncipe de Deus" e que ressuscitará, ele também entende que será executado e os motivos pelos quais foi condenado à morte.

Ferguson está condenado pelo assassinato de seis pessoas em Carol City, em julho de 1977, e de outras duas em 1978 em Hialeah, cidades no sul da Flórida. Por conta desses crimes, o réu possui oito penas de morte, cinco prisões perpétuas, duas penas de 30 anos, quatro de 15 e uma de cinco.

Desde que a pena de morte foi restabelecida na Flórida em 1976, este estado executou 72 réus, segundo o Departamento de Prisões. 

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