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Finlândia investiga navio petroleiro ‘fantasma’ após sabotagem de cabo no Mar Báltico

Navio Eagle S, que navega com bandeira das Ilhas Cook, é suspeito de fazer parte da frota secreta da Rússia

O navio-tanque Eagle S, na costa da Finlândia (Jussi Nukari/AFP)

O navio-tanque Eagle S, na costa da Finlândia (Jussi Nukari/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 13h45.

Última atualização em 2 de janeiro de 2025 às 14h32.

A agência finlandesa de transportes e comunicações (Traficom) anunciou nesta quinta-feira o início da inspeção do navio petroleiro "Eagle S", suspeito de fazer parte da "frota fantasma" da Rússia e de ter danificado um cabo submarino de eletricidade que conecta o país com a Estônia pelo Mar Báltico.

"Em 2 de janeiro de 2025, a agência finlandesa (...) Traficom iniciará uma inspeção do 'Eagle S'", anunciou a diretora da agência, Sanna Sonninen, em um comunicado, acrescentando que esta inspeção é complementar a uma investigação anunciada pela polícia finlandesa.

A embarcação "Eagle S", de bandeira das Ilhas Cook, é suspeita de ter danificado o cabo de energia Sumbarin EstLink 2 no dia do Natal. O navio foi abordado e escoltado até o porto de Kilpilahti, 40 km a leste de Helsinque, onde os investigadores estão inspecionando-o e interrogando seus 20 tripulantes.

O "Eagle S" é suspeito de pertencer à "frota fantasma" russa, um termo que se refere a embarcações que transportam petróleo bruto e produtos petrolíferos russos sujeitos a embargo.

A Otan anunciou na sexta-feira que fortalecerá sua presença militar nos países bálticos. Vários incidentes semelhantes ocorreram no Báltico desde a invasão russa na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

Especialistas e políticos argumentam que essas ações contra a infraestrutura de energia e comunicações fazem parte da "guerra híbrida" entre a Rússia e os países ocidentais nesse vasto espaço marítimo para onde convergem vários países da Otan.

Dois cabos de telecomunicações foram rompidos em 17 e 18 de novembro em águas territoriais suecas, e as autoridades suecas suspeitam que um navio graneleiro de bandeira chinesa estava na área na época.

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