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Finlândia e Suécia pedem implementação do acordo UE-Mercosul em face das tarifas de Trump

Países reforçam necessidade de um mercado livre com o Mercosul para superar barreiras comerciais dos EUA

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 8 de abril de 2025 às 11h22.

Última atualização em 8 de abril de 2025 às 11h37.

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Finlândia e Suécia defendem o desenvolvimento do livre comércio com outros países em face das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e defendem a entrada em vigor do acordo com os países do Mercosul, disse a ministra das Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, nesta terça-feira, 8.

Na Finlândia, "somos a favor da abertura de novos canais de comércio e da exploração de novos acordos de livre comércio com outras partes do mundo, e a União Europeia está fazendo um trabalho fantástico na abertura de novas negociações", disse Valtonen ao lado de sua homóloga sueca, Maria Malmer Stenergard.

"Devemos também implementar plenamente o acordo de livre comércio com o Mercosul, que acaba de ser negociado", acrescentou.

A ministra sueca disse que "concordava plenamente" com as declarações de Valtonen.

Em dezembro, a Comissão Europeia negociou um acordo com o Mercosul — formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai — que criaria um mercado de 700 milhões de pessoas.

Mas a França lidera um grupo de países europeus que se opõem à sua ratificação. A ministra da Agricultura da França, Annie Genevard, alertou nesta terça-feira que o pacto não é "um remédio" para as tarifas de Trump.

Se for ratificado, a UE, o primeiro parceiro comercial do Mercosul, poderá exportar mais facilmente carros, máquinas e produtos farmacêuticos, enquanto o bloco sul-americano poderá exportar mais carne, açúcar, soja, mel, entre outros, para a Europa.

O presidente dos EUA assinou uma ordem executiva na quarta-feira para introduzir uma tarifa alfandegária mínima de 10% sobre todas as importações que entram no país e de 20% sobre os produtos da UE.

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