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Fim do consumo de bebidas alcoólicas para conter pandemia na França

O presidente Emmanuel Macron afirmou que as novas restrições vão durar pelas próximas quatro semanas para conter a nova onda de coronavírus

Presidente da França, Emmanuel Macron. (Divulgação/Getty Images)

Presidente da França, Emmanuel Macron. (Divulgação/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de abril de 2021 às 11h33.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 12h39.

Beber álcool em parques, jardins ou qualquer outro espaço público será proibido na França, como parte das novas restrições anunciadas pelo governo para conter o aumento dos casos de covid-19 no país. O anúncio, feito pelo primeiro-ministro Jean Castex nesta quinta-feira, dia 1º de abril, reforça o novo lockdown imposto no país — o terceiro desde o início da pandemia.

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Além da proibição de beber álcool em locais públicos, o chefe de governo disse aos deputados da Assembleia Nacional que as autoridades vão dispersar grupos de mais de seis pessoas que se formarem em jardins, parques ou, no caso de Paris, às margens do Rio Sena.

Castex também condenou todos aqueles que desrespeitam as regras sanitárias, depois de ver imagens de festas, ou de reuniões, em cidades como Paris e Lyon.

O clima entre os deputados era tenso nesta quinta, e a oposição não poupou críticas às medidas anunciadas pelo governo, que serão votadas no Congresso. O presidente Emmanuel Macron afirmou que as novas restrições vão durar pelas próximas quatro semanas para conter a nova onda de coronavírus, que ameaça saturar hospitais e está causando um número preocupante de contágios e óbitos.

O país se aproxima dos 100.000 mortos por coronavírus, e o número de casos de contágio diários agora passa de 50.000. Segundo o ministro da Saúde, Olivier Véran, o pico desta onda de contágios chegará "em sete ou dez dias".

Na terça-feira, a França relatou mais de 5.000 pessoas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pela primeira vez desde abril do ano passado, com a falta de leitos em hospitais nas áreas mais afetadas se agravando. E a lenta vacinação no país não evitou uma explosão de infecções, já que uma média de cerca de 37.000 novos casos diários foram relatados na semana passada.

Devido a esta emergência sanitária, as escolas, incluindo creches, fecharão a partir da próxima segunda-feira, durante três semanas. Na primeira, os alunos terão aulas a distância e, nas outras duas, estarão de férias.

O confinamento em vigor em uma parte do país, que proíbe deslocamentos para além de dez quilômetros do domicílio e exige o fechamento de lojas não essenciais, agora será ampliado para todo território. O toque de recolher nacional, às 19h locais, está mantido. Estas medidas são "necessárias para nos permitir atravessar este obstáculo. Esperamos que seja o último [lockdown], diante da perspectiva de uma vacinação em massa e de um retorno à vida normal", argumentou o chefe de governo.

Vacinação

As autoridades de saúde disseram na terça-feira que cerca de 8,3 milhões de pessoas receberam pelo menos uma primeira injeção da vacina contra o coronavírus, ou cerca de 12% da população total. O governo planeja vacinar 10 milhões de pessoas até meados de abril e 30 milhões até o verão. Mas a França ainda está atrás de alguns outros países ocidentais em sua campanha de vacinação. O Reino Unido vacinou 46% de sua população e os Estados Unidos 29% de acordo com dados da Universidade de Oxford.

Macron também afirmou na quarta-feira que o governo quer começar a vacinar os maiores de 60 anos a partir de 16 de abril e os maiores de 50 anos a partir de 15 de maio. O presidente francês, em baixa nas pesquisas e enfrentando as eleições presidenciais no ano que vem, admitiu ter "cometido erros" no gerenciamento da crise. (Com agências internacionais).

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