Mundo

Fim da epidemia de ebola está longe, diz presidente do BM

A epidemia atual de ebola apareceu no começo deste ano e desde então matou quase 5.500 pessoas, segundo a OMS


	Jim Yong Kim: "O fim do jogo está distante", disse o presidente do Banco Mundial
 (Saul Loeb/AFP)

Jim Yong Kim: "O fim do jogo está distante", disse o presidente do Banco Mundial (Saul Loeb/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 20h19.

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, alertou nesta sexta-feira que a epidemia de ebola não está "perto do fim" depois de uma nova frente aberta contra a doença mortal no Mali.

"O fim do jogo está distante", disse Kim em uma conferência sobre o ebola com líderes das Nações Unidas, da Organização Mundial da Saúde e do Fundo Monetário Internacional.

"Nós precisamos zerar o número de casos. O ebola não é uma doença que você possa deixar alguns casos e dizer que não fez o suficiente", acrescentou.

Kim, o diretor das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o chefe da OMS expressaram a preocupação profunda de que a epidemia não tenha sido contida, apesar dos avanços na Libéria e na Guiné, dois dos três países onde as infecções se concentraram.

"O apoio internacional faz diferença. Mas também há evidências de que é muito preocupante, como o aumento do número de infecções em Serra Leoa e a disseminação da epidemia para o Mali", disse Kim.

A epidemia atual de ebola apareceu no começo deste ano e desde então matou quase 5.500 pessoas, segundo a OMS.

No Mali, sete pessoas morreram nas últimas semanas, a maioria ligada ao contato com um único imã, infectado da Guiné, que morreu em Bamaco em 27 de outubro.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, que esteve em uma cúpula em Washington, a Michel Sidibe, diretor executivo da ONUAids, deveriam partir com destino ao Mali na sexta-feira para ajudar a organizar os esforços de controle da doença.

"O vírus ebola é um inimigo formidável", disse Chan.

"Realmente precisamos nos mexer com velocidade e escala para ter uma política sem arrependimentos. Precisamos sufocar um pequeno incêndio, um pequeno sinal de fumaça antes que se perca o controle", prosseguiu.

Ela expressou confiança em que a epidemia possa ser controlada, acrescentando que "precisamos manter nossa vigilância... Nós precisamos continuar a fazer mais para chegar a zero".

No começo de outubro, líderes tinham manifestado a esperança de poder controlar a epidemia de ebola no fim do ano.

O Banco Mundial arrecadou US$ 1 bilhão para ser usado em ajuda às populações infectadas e apoio a funcionários de saúde locais e internacionais envolvidos na luta contra a doença.

O Fundo Monetário Internacional alocou US$ 430 milhões em ajuda financeira, concentrada em auxiliar os governos em um momento em que a atividade comercial, industrial e agrícola encolheu fortemente nos três países mais afetados.

Ban disse nesta sexta-feira que agora espera controlar a epidemia no primeiro semestre de 2015.

Acompanhe tudo sobre:Banco MundialDoençasEbolaEpidemiasSaúde

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado