Mundo

Fillon teria cobrado US$ 50 mil para organizar reunião com Putin

Segundo o semanário "Le Canard Enchainé", Fillon ganhou a quantia para que um multimilionário libanês se encontrasse com eles em 2015

François Fillon: a reunião teria ocorrido no Fórum Econômico Internacional de 2015 (Sean Gallup/Getty Images)

François Fillon: a reunião teria ocorrido no Fórum Econômico Internacional de 2015 (Sean Gallup/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 21 de março de 2017 às 14h38.

Paris - O candidato conservador à presidência da França, François Fillon, cobrou US$ 50 mil para organizar reuniões com o presidente da Rússia, e o CEO da petrolífera Total, Patrick Pouyanné, disse nesta terça-feira o semanário "Le Canard Enchainé".

Segundo a publicação, Fillon ganhou o valor para que um multimilionário libanês se encontrasse com eles em 2015. O dinheiro foi pago à empresa de consultoria do ex-primeiro-ministro francês, a 2F Conseil. Neste ano, a companhia assinou um contrato com a Future Pipe Industries, comandada pelo libanês.

As informações completas sobre a reunião serão publicadas amanhã pelo "Le Canard Enchainé". O empresário libanês teria pago os US$ 50 mil a Fillon para que ele o apresentasse Putin e Pouyanné, que foi diretor de gabinete do agora candidato à presidência da França no Ministério dos Correios e das Telecomunicações.

A reunião teria ocorrido no Fórum Econômico Internacional, realizado em São Petersburgo em junho de 2015.

O jornal "Le Mode" informou em fevereiro que a empresa de consultoria, que é alvo de críticas sobre um possível conflito de interesses, teve receita de mais de 750 mil euros entre junho de 2012 e dezembro de 2015.

A denúncia pode afetar ainda mais a candidatura de Fillon, que já é acusado de ter empregado a mulher e os dois filhos como assessores na Assembleia Nacional sem que eles fossem trabalhar.

Acompanhe tudo sobre:FrançaRússiaVladimir PutinEleições

Mais de Mundo

UE avalia plano para reduzir dependência de terras raras da China

Buenos Aires tem dilúvio na véspera de eleições decisivas para Milei

Trump diz que pode reduzir as tarifas ao Brasil sob 'certas circunstâncias'

Como funcionam as eleições legislativas da Argentina?