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Fillon luta para seguir na eleição francesa após nova denúncia

Pesquisa de opinião mostrou que a grande maioria dos eleitores acredita que o ex-primeiro-ministro deveria abandonara a disputa eleitoral

François Fillon: político de 62 anos prometeu lutar contra o que chamou de "exercício de demolição" (Getty Images)

François Fillon: político de 62 anos prometeu lutar contra o que chamou de "exercício de demolição" (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 11h05.

Paris - O candidato conservador François Fillon lutava para se manter como candidato à Presidência na França, nesta sexta-feira, em meio à queda da aprovação nas pesquisas e especulações sobre sua capacidade de seguir adiante depois das acusações de que sua esposa recebeu dinheiro público por trabalhos que não realizou.

A polícia realizou buscas no Senado devido a alegações sobre os empregos fictícios nesta sexta-feira, procurando especificamente informações relativas a pagamentos feitos pela Casa a Charles e Marie, dois dos filhos de Fillon, de acordo com a Procuradoria.

O presidente do Senado, Gérard Larcher, um dos aliados mais fiéis de Fillon, usou o Twitter para negar uma reportagem da revista L'Obs segundo a qual estaria prestes a retirar seu apoio ao presidenciável de centro-direita.

Uma segunda pesquisa de opinião em dois dias mostrou que a grande maioria dos eleitores acredita que o ex-primeiro-ministro deveria abandonara a disputa eleitoral, cujo primeiro turno acontece em 23 de abril.

Em um comício realizado de quinta para sexta-feira no nordeste da França, o político de 62 anos prometeu lutar contra o que chamou de "exercício de demolição", dizendo à plateia de cerca de 1 mil espectadores: "As pessoas não estão buscando justiça. Elas estão buscado me destruir, e, além de mim, destruir a direita e roubar uma eleição".

Até o escândalo emergir na semana passada, Fillon desfrutava do que parecia ser uma dianteira confortável sobre outros pré-candidatos e estava adiante da líder de extrema-direita Marine Le Pen e do centrista independente Emmanuel Macron.

Os ataques de seu próprio campo de direita continuaram, sobretudo de políticos ligados a caciques do partido Os Republicanos que ele derrotou nas primárias da legenda.

"Um milhão de euros não é um valor pequeno", disse Rachida Dati, ministra da Justiça de Nicolas Sarkozy, que foi presidente do país entre 2007 e 2012 mas perdeu a disputa partidária para Fillon.

Fillon vem negando qualquer irregularidade desde que o semanário satírico Le Canard Enchainé o acusou na semana passada de remunerar sua esposa britânica Pénélope com milhares de euros por um trabalho de assistente parlamentar que ela parece não ter realizado.

O escândalo, que está sendo investigado oficialmente, se ampliou desde então devido a relatos adicionais do jornal a respeito de pagamentos feitos dez anos atrás a seus filhos Marie e Charles, atualmente advogados na casa dos 30 anos.

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