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Fillon descarta candidatura às eleições legislativas da França

Após derrota no 1º turno, o conservador optou por dar um passo atrás por concluir que perdera legitimidade

François Fillon: o candidato recebeu pouco menos de 20% dos votos (Christian Hartmann/Reuters)

François Fillon: o candidato recebeu pouco menos de 20% dos votos (Christian Hartmann/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de abril de 2017 às 15h00.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 15h00.

Paris - O candidato conservador à presidência da França, François Fillon, descartou nesta segunda-feira uma candidatura às eleições legislativas de junho, ao considerar que a derrota sofrida no primeiro turno diminui sua legitimidade.

"Nas legislativas começa uma nova batalha (...) Não tenho a legitimidade para travá-la", disse o ex-primeiro-ministro durante a reunião do Comitê Político de seu partido, Os Republicanos.

Terceiro colocado no primeiro turno das eleições presidenciais deste domingo, com pouco menos de 20% dos votos, Fillon comandava de fato o partido desde que venceu as primárias em novembro do ano passado para escolher o candidato à presidência.

Mas após essa derrota, que atribuiu ao "bombardeio intensivo" que sofreu ao ser acusado de desvio de recursos públicos, optou por dar um passo atrás.

"Vou me tornar um militante de coração, mais um. Terei que pensar na minha vida de forma diferente, me preocupar com as feridas de minha família", apontou Fillon, acusado de ter dado um emprego fictício a sua esposa como assistente parlamentar.

Deputado por Paris nas últimas eleições, após ter desenvolvido a maior parte de sua vida pública em seu reduto político de Sarthe, no centro do país, Fillon assegurou, no entanto, que suas ideias podem levar seu partido à vitória nas legislativas.

"Continuo pensando que nossa linha política responde às esperanças de uma grande parte dos franceses", indicou o ex-candidato, que resumiu seu programa em "uma síntese entre liberdade e autoridade, tradição e modernidade, patriotismo e Europa".

Fillon assegurou que corresponde às instâncias dirigentes do Os Republicanos a decisão sobre a linha a seguir, mas recomendou fidelidade "a esses valores".

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