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Filipinos sofrem com problemas na distribuição de ajuda

Cinco dias após o que pode ter sido o pior desastre já sofrido pelo país, grupo de 15 médicos e especialistas em logística ainda aguardam o início da viagem


	Mulher caminha entre destroços de Tacloban: escala do desastre e desafios para entregar ajuda faz com que poucas pessoas de Tacloban tenham recebido auxílio
 (Romeo Ranoco/Reuters)

Mulher caminha entre destroços de Tacloban: escala do desastre e desafios para entregar ajuda faz com que poucas pessoas de Tacloban tenham recebido auxílio (Romeo Ranoco/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 15h02.

Tacloban, Filipinas - Um dia depois de o tufão Haiyan ter atingido a costa leste das Filipinas, um grupo de 15 médicos e especialistas em logística estava pronto para voar para a cidade mais atingida, Tacloban. Nesta terça-feira, cinco dias após o que pode ter sido o pior desastre já sofrido pelo país, eles ainda aguardam o início da viagem.

A ajuda está chegando a Tacloban: suprimentos médicos, paletes de água e alimentos chegam em caminhões, aviões e balsas enviados pelo governo filipino e países de todo o mundo. Mas a escala do desastre e os desafios para entregar a ajuda recebida faz com que poucas pessoas de Tacloban, que está cheia de destroços e cadáveres, tenham recebido qualquer auxílio.

Um grupo de trabalhadores do Médicos Sem Fronteiras, com equipamentos médicos, chegou à ilha de Cebu no sábado procurando um voo para Tacloban, mas não havia partido até esta terça-feira. Segundo um porta-voz do grupo, é "difícil dizer" quando eles conseguirão partir.

"Estamos em contato com as autoridades, mas o aeroporto (de Tacloban) é apenas para uso do Exército filipino", disse Lee Pik Kwan em entrevista por telefone.

Enquanto os médicos querem chegar à cidade, milhares de vítimas do tufão querem sair de lá. Elas acampam no aeroporto e correm para a pista quando os aviões chegam, passando por uma cerca quebrada. Alguns soldados e policiais tentam controlá-las e a maioria não consegue entrar nas aeronaves.

Um repórter da Associated Press rodou por cerca de 7 quilômetros na cidade e viu mais de 40 corpos, mas nenhum sinal de entrega organizada de comida, água ou medicamentos, embora grande quantidade de ajuda tenha chegado ao aeroporto. Algumas pessoas se alinhavam para pegar água de uma mangueira, cuja água supostamente saída das redes de abastecimento da cidade.

"Há muito a fazer. Não conseguimos chegar às comunidades remotas", declarou em Manila a subsecretária-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos. "Mesmo em Tacloban, por causa dos destroços e dificuldades logísticas, não temos conseguido chegar ao nível de entrega que gostaríamos. Vamos fazer o máximo que pudermos para levar mais."

Médicos de Tacloban dizem estar desesperados por medicamentos. Ao lado da torre destruída do aeroporto foi montado uma hospital improvisado. No local, médicos do Exército e da Aeronáutica disseram ter atendido cerca de 1.000 pessoas com cortes, escoriações, lacerações e ferimentos profundos.

Quanto mais os sobreviventes ficarem sem acesso a água potável, comida, abrigo e ajuda médica, maiores as chances da ocorrência de surtos de doenças e de mortes decorrentes de ferimentos ocorridos durante a tempestade. Fonte: Associated Press.

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