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Filipinas ordena volta de embaixadora após agressão à empregada doméstica

Marichu Mauro foi flagrada agredindo uma empregada doméstica na residência diplomática, em Brasília, no Distrito Federal

Marichu B. Mauro, embaixadora das Filipinas, durante assinatura do Livro dos Embaixadores, em abril de 2018 (Isac Nobrega/PR/Divulgação)

Marichu B. Mauro, embaixadora das Filipinas, durante assinatura do Livro dos Embaixadores, em abril de 2018 (Isac Nobrega/PR/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 15h28.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 19h54.

A embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro, foi convocada de volta ao país asiático após ter sido flagrada agredindo uma empregada doméstica na residência diplomática, em Brasília, no Distrito Federal, como revelou o 'Fantástico', da TV Globo. A informação foi compartilhada no Twitter na madrugada desta segunda-feira pelo secretário de Relações Exteriores do país, Teodoro Locsin Jr.

"A embaixadora das Filipinas no Brasil foi chamada de volta imediatamente para explicar os maus-tratos contra sua funcionária", disse Locsin.

Ainda não há confirmação se a embaixadora já saiu do Brasil, ou quando o fará. O secretário não deixou claro também se ela vai perder o cargo ou se será substituída temporariamente. Marichu é diplomata de carreira e foi nomeada embaixadora no Brasil em 2018. Desde 1995, já atuou em países como Barein, Bélgica, Itália e Israel.

    As imagens das agressões foram reveladas no domingo (25) pelo "Fantástico", da TV Globo, e foram usadas como prova em uma denúncia contra a diplomata firmada no fim de agosto.

    Em nota, o Departamento de Relações Exteriores (DFA, na sigla em inglês) informou que a doméstica, de 51 anos, deixou a capital brasileira no dia 21 de outubro e está de volta às Filipinas.

    "O DFA está entrando em contato com ela para garantir seu bem-estar e cooperação na investigação. O DFA garante ao público que conduzirá uma investigação rigorosa”, afirmou.

    Ministério Público investiga

    O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e Tocantins (MPTDFTO) abriu investigação para apurar o caso. O órgão informou que, "segundo a procuradora Carolina Mercante, pelos vídeos encaminhados, é possível detectar agressões físicas, que configuram trabalho degradante".

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