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Filhos de Mubarak são processados por corrupção

Gamal e Alaa Mubarak, presos provisoriamente no Cairo, serão julgados com outras sete pessoas no tribunal penal

Gamal e Alaa Mubarak visitam pai, que também está detido (©AFP / Str)

Gamal e Alaa Mubarak visitam pai, que também está detido (©AFP / Str)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h31.

Cairo - Os dois filhos do presidente egípcio deposto, Hosni Mubarak, já em julgamento por peculato, são alvos de um novo processo por corrupção, anunciou nesta quarta-feira a televisão estatal.

Gamal e Alaa Mubarak, presos provisoriamente no Cairo, serão julgados com outras sete pessoas no tribunal penal pelo envolvimento em um caso de corrupção relacionado com a Bolsa de Valores, indicou a Nilo Television.

O veredicto do atual julgamento, no qual são acusados de aceitar mansões como suborno, é aguardado para o dia 2 de junho. Seu pai também é julgado no mesmo processo por corrupção e pela morte de manifestantes durante a revolta contra seu governo em 2011.

Neste segundo julgamento, as acusações são relacionadas à venda do Banco Al-Watany, informou a agência de notícias Mena.

Os réus tentaram adquirir a maioria das ações de vários bancos através da compra de pequenos proprietários por meio de empresas de fachada sem declará-las na bolsa de valores, explica a agência, que acrescentou que desta forma a dupla conseguiu ganhar 300 milhões de dólares que foram, em seguida, transferidos para contas no exterior.

Gamal, 48 anos, líder do comitê político do poderoso partido no poder sob o regime Mubarak, era cotado para suceder seu pai, o que alimentou a ira popular que levou à eclosão da revolta de janeiro-fevereiro de 2011.

Alaa, o mais velho, ficou longe da política, mas, segundo rumores, acumulou uma fortuna graças às redes de relacionamento de seu pai.

Os dois filhos estão encarcerados em uma prisão no Cairo à espera do veredicto, assim como seu pai, de 84 anos, que está detido no hospital militar, onde recebe tratamento por seus problemas cardíacos.

Mubarak, que se declarou inocente, teve a pena de morte pedida pela Promotoria. Seu ministro do Interior, Habib el-Adli e outros seis ex-membros dos serviços de segurança, também são julgados especialmente pela morte de cerca de 850 manifestantes durante a revolta.

O Egito vive neste momento um período delicado, o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Shafiq, disputará o segundo turno da eleição presidencial, no qual enfrentará o islamita Mohamed Mursi.

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