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Filho mais velho de Kadafi é condenado à morte na Líbia

A corte ditou também a pena capital para o ex-chefe dos serviços secretos do ditador e o último primeiro-ministro do regime de Kadafi


	Seif al-Islam, filho de Muammar Kadafi: Seif al-Islam foi detido na cidade de Zintan, a 159 quilômetros de Trípoli
 (Imed Lamloum/AFP)

Seif al-Islam, filho de Muammar Kadafi: Seif al-Islam foi detido na cidade de Zintan, a 159 quilômetros de Trípoli (Imed Lamloum/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 09h24.

Trípoli - O tribunal de Trípoli condenou nesta terça-feira Seif al-Islam, filho do falecido ditador líbio Muammar Kadafi, à morte, além de outro oito alto cargos e funcionários destacados de seu regime.

A corte ditou também a pena capital para o ex-chefe dos serviços secretos do ditador, Abdallah al Sanusi, e o último primeiro-ministro do regime de Kadafi, Al Baghdadi al Mahmudi.

Todos eles foram condenados por vínculo com a repressão que seguiu ao levantamento popular armado em fevereiro de 2011 e que desembocou na queda do regime de Kadafi em outubro desse mesmo ano.

No julgamento, no qual estiveram presentes 29 dos 38 acusados, foram condenados também o ex-presidente dos serviços secretos exteriores, Abuzid Omar Durda; o antigo responsável de Guarda Popular, Mansur du; e o ex-presidente de Segurança Interior, Milad Raman.

Só quatro acusados não foram condenados à morte, entre eles o ex-ministro de Relações Exteriores Abdelah Al Aati.

O primogênito de Kadafi não participou das nove sessões anteriores do tribunal, que seguiu por videoconferência.

Considerado durante muito tempo herdeiro político de seu pai, Seif al-Islam foi detido na cidade de Zintan, a 159 quilômetros de Trípoli, pelas milícias que se negaram sempre de entregá-lo ao governo de Trípoli desde sua captura em novembro de 2011.

A maioria dos outros acusados foram detidos em Trípoli, controlada pela milícia islamita de Fayer Líbia (Amanhecer da Líbia), afim ao governo rebelde de Trípoli.

Seif al-Islam Kadafi tinha sido requerido pela Tribunal Penal Internacional (TPI) para julgá-lo por crimes contra a Humanidade, embora as autoridades rejeitaram sua entrega com o argumento de que o julgamento do filho do ditador, considerado seu sucessor, era um direito do povo líbio.

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