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Filho de presidente turco nega acusação russa sobre EI

O ministério da Defesa da Rússia disse na semana passada ter provas de que a família Erdogan estava se beneficiando com o contrabando


	Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan (esquerda), ao lado dos filhos Bilal e Sumeyye, em Ancara
 (REUTERS)

Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan (esquerda), ao lado dos filhos Bilal e Sumeyye, em Ancara (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 09h13.

Roma - O filho do presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, negou acusações russas de que ele e sua família estavam se beneficiando do comércio ilegal de petróleo de territórios controlados pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

O ministério da Defesa da Rússia disse na semana passada ter provas de que a família Erdogan estava se beneficiando com o contrabando. A Turquia já rejeitou as acusações e o filho do presidente, Bilal, acrescentou sua voz às negativas.

"Construímos escritórios em Istambul... Não fazemos negócios no Mediterrâneo, na Síria ou Iraque", disse Bilal, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, falando sobre suas próprias preocupações corporativas, que foram colocadas em questão pela mídia russa.

"O Estado Islâmico é um inimigo do meu país. O Estado Islâmico é uma desgraça. Coloca minha religião em foco ruim. Eles não representam o islã e não os considero muçulmanos", disse.

Um dos quatro filhos do presidente Erdogan, Bilal possui ativos de navegação e transporte e controla diversos navios petroleiros por meio de sua companhia e parcerias.

No entanto, ele nega participação em qualquer atividade de transporte operacional, dizendo que sua companhia possui um contrato para construir petroleiro para um cliente russo, mas que não opera as embarcações diretamente. Ele também negou que seu irmão Burak tivesse transportado petróleo de áreas controladas pelo Estado Islâmico.

"Ele possui um navio de carga, mas não pode ser usado como petroleiro", disse.

Ele disse que o presidente sírio, Bashar Al-Assad, estava se beneficiando com a venda de petróleo do Estado Islâmico. "Se você seguir o petróleo do Estado Islâmico, irá encontrar Assad".

Damasco acusou previamente o governo turco, hostil a Assad, de permitir que insurgentes do Estado Islâmico traficassem contrabandos para o norte da Síria.

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