O grupo xiita libanês Hezbollah e seu símbolo: Departamento de Estado norte-americano considera o Hezbollah uma organização terrorista estrangeira desde 1997 (AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 20h47.
Washington - Um filho do presidente do Suriname convidou pessoas que ele achava que eram do grupo libanês Hezbollah para criar uma base em seu país a fim de atacar os Estados Unidos em troca de milhões de dólares, disseram promotores norte-americanos nesta sexta-feira.
Os promotores federais que já estavam tentando apresentar acusações de posse de drogas contra Dino Bouterse, filho do presidente do Suriname, Dési Bouterse, entregaram a mais recente acusação no Tribunal dos EUA para o Distrito Sul de Nova York.
Dino ocupava um posto sênior de contraterrorismo no pequeno país sul-americano, mas em agosto foi preso no Panamá e enviado a Nova York para enfrentar acusações de contrabando de cocaína para os EUA. Ele se declarou inocente.
Segundo o indiciamento, as autoridades norte-americanas gravaram conversas que Dino teve com pessoas anônimas e pelo menos um agente norte-americano que se passaram como membros do Hezbollah, aliado do Irã.
O Departamento de Estado norte-americano considera o Hezbollah uma organização terrorista estrangeira desde 1997, e autoridades têm procurado limitar as operações do grupo na América do Sul.
Segundo a acusação, Dino estava disposto a permitir que combatentes do Hezbollah tivessem uma base permanente no Suriname e concordou com um pagamento inicial de 2 milhões de dólares.
O indiciamento acusa Dino de violar uma lei dos EUA contra o apoio a uma organização terrorista estrangeira. Seus advogados não responderam imediatamente a pedidos para comentar o assunto.
Dési Bouterse é um ex-ditador militar acusado de violações dos direitos humanos, como os assassinatos de 15 oponentes políticos em 1982. Ele governou o país entre 1980 e 1987 e retomou o poder em 2010.