Mundo

Filho de líder do Estado Islâmico morre em ataque suicida na Síria

Informação foi divulgada pela agência de notícias dos extremistas, mas foi colocada em dúvida pela ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos

Estado Islâmico anunciou a morte de um filho de seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, em um ataque suicida na Síria (File Photo/Reuters)

Estado Islâmico anunciou a morte de um filho de seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, em um ataque suicida na Síria (File Photo/Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de julho de 2018 às 09h45.

Última atualização em 4 de julho de 2018 às 10h05.

Cairo - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) anunciou a morte de um filho de seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, em um ataque suicida que aconteceu na província de Homs, no centro da Síria, mas não detalhou a data do falecimento.

A agência "Amaq", vinculada ao grupo terrorista, publicou na noite de terça-feira um comunicado, cuja autenticidade não foi verificada, na rede de mensagens Telegram, anunciando a morte de Huzaifa al Badri, um filho do líder do grupo, em um ataque suicida contra "os Al Nusairiya e os russos na central térmica na província de Homs".

O termo Al Nusairiya faz referência ao credo alauita, ramo do xiismo ao qual pertence o presidente sírio Bashar al Assad.

Relatos em dúvida

Por outro lado, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), organização não-governamental que monitora a guerra na Síria, pôs hoje em dúvida a morte de Badri, já que alega não ter registrado nenhum ataque cometido na região indicada pelo EI em seu comunicado há mais de três semanas.

"A informação da morte de Huzaifah al Badri, filho do líder do Estado Islâmico Abu Bakr al Baghdadi, em um ataque suicida recente perto da central térmica (na província de Homs) é falsa", disse hoje o OSDH, cuja sede está no Reino Unido, mas conta com uma ampla rede de observadores no terreno.

Além disso, a ONG assinalou que os últimos dois ataques dos combatentes do EI ocorreram nos dias 7 e 12 de junho na região da estação T2, situada no limite da província de Deir ez Zor (nordeste) com Homs, e pertencente à "Wilaya Homs", segundo a divisão administrativa do EI.

Caso o filho de Baghdadi tivesse morrido recentemente, isso teria que ter acontecido em um desses dois ataques, segundo a ONG.

Morte de Baghdadi

Ainda há dúvidas sobre se o próprio Baghdadi também morreu ou não, uma vez que em julho do ano passado o Observatório, citando fontes da própria organização, assegurou que o autoproclamado califa tinha perdido a vida.

Em 16 de junho de 2017, o Ministério da Defesa da Rússia disse que ele poderia ter morrido em 28 de maio daquele ano em um bombardeio da aviação russa ao sul da cidade de Al Raqqa, o que era a "capital" do "califado" dos extremistas na Síria, mas não confirmou tal informação.

Os Estados Unidos, por sua vez, indicaram que o líder do EI continua vivo e teria reaparecido em setembro do ano passado com uma mensagem de voz na qual incentivava os "soldados do Califado" a seguirem com sua batalha.

 

Acompanhe tudo sobre:abu-bakr-al-baghdadiEstado IslâmicoGuerra na SíriaGuerrasSíria

Mais de Mundo

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil

Autoridades evacuam parte do aeroporto de Gatwick, em Londres, por incidente de segurança