Duterte: o presidente filipino é conhecido por sua polêmica política de drogas (Dondi Tawatao/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de maio de 2018 às 11h36.
Manila - O escritório do Defensor do Povo das Filipinas desvinculou nesta quarta-feira Paolo Duterte, filho do presidente filipino, Rodrigo Duterte, de um caso de drogas relacionado com o envio ao país de uma carga de metanfetamina.
"As denúncias contra o ex-vice-prefeito da cidade de Davao, Paolo Duterte, e o advogado Manases Carpio foram encerradas por falta de base", anunciou em comunicado o Escritório do Defensor do Povo.
Carpio é casado com Sara Duterte, filha do líder filipino.
Paolo, de 43 anos, tinha sido apontado como um dos intermediários na recepção de um carga de 604 quilos de cloridrato de metanfetamina procedente da China, avaliada em US$ 125 milhões.
A carga entrou no país com a suposta conivência do serviço de alfândegas e posteriormente foi apreendida pela polícia, o que suscitou um forte escândalo na nação em plena "guerra contra as drogas", como é conhecida a campanha do presidente Duterte para acabar com o narcotráfico e o crime relacionado.
A investigação sobre o possível envolvimento neste caso dos dois parentes do chefe de Estado se baseia na declaração de dois funcionários de alfândegas e do senador Antonio Trillanes, um dos mais ferozes opositores de Duterte.
Após uma primeira investigação, um comitê do Senado concluiu em agosto do ano passado que não existiam provas que envolvessem Paolo Duterte na operação de narcotráfico, de maneira que a decisão tomada hoje pelo Defensor do Povo o desvincula completamente por enquanto.