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Filho de Bin Laden diz que enterro no mar humilha família

Omar bin Laden, quarto filho mais velho do terrorista, disse que os filhos do chefe da Al Qaeda se reservam o direito de entrar com uma ação judicial nos Estados Unidos

Autoridades americanas estão certas de que Osama bin Laden está morto após a realização de DNA e de outros testes, e afirmaram neste sábado que há uma chance em 11,8 quatrilhões de erro de identidade.
 (AFP)

Autoridades americanas estão certas de que Osama bin Laden está morto após a realização de DNA e de outros testes, e afirmaram neste sábado que há uma chance em 11,8 quatrilhões de erro de identidade. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2011 às 18h31.

Londres - Uma declaração supostamente divulgada pelo filho de Osama bin Laden denunciou a morte do líder da Al Qaeda como "criminosa" e afirmou que o seu sepultamento no mar havia humilhado a família, informou um serviço de monitoramento da Internet.

A declaração, atribuída a Omar bin Laden, quarto filho mais velho de Bin Laden, disse que os filhos do chefe da Al-Qaeda se reservam o direito de entrar com uma ação judicial nos Estados Unidos e internacionalmente, a fim de "determinar o verdadeiro destino de nosso pai desaparecido", afirmou o SITE Intelligence Group.

Não houve confirmação independente da autenticidade da carta, publicada no site do ideólogo islâmico Abu Walid al-Masri, mas vários especialistas em propaganda militante disseram que o texto parece genuíno.

Omar bin Laden, que reside no Golfo Pérsico há alguns anos, não respondeu imediatamente aos pedidos por e-mail e telefone para comentar o assunto.

A carta dizia, em parte: "Consideramos o presidente americano (Barack) Obama como legalmente responsável por esclarecer o destino de nosso pai, Osama bin Laden, pois é inaceitável, humana e religiosamente, dispor de uma pessoa com tamanha importância e status entre o seu povo jogando seu corpo no mar, numa ação que humilha a sua família e seus seguidores e que desafia as regras e os sentimentos religiosos de centenas de milhões de muçulmanos."

A carta afirmou que o governo dos EUA não havia oferecido nenhuma prova de sua missão. Ele alegou que o objetivo da operação era de matar e não prender, acrescentando que depois os comandos norte-americanos teriam "se livrado do corpo às pressas".

Alguns muçulmanos têm dúvidas quanto à morte de Bin Laden por soldados dos EUA em um ataque no Paquistão em 2 de maio e subsequente eliminação de seu corpo no mar.

As perguntas têm se multiplicado desde que a Casa Branca disse que o líder da Al Qaeda estava desarmado quando soldados dos EUA invadiram por helicóptero a casa onde ele estava escondido, na cidade de Abbottabad.

O enterro imediato de Bin Laden no mar, que muitos muçulmanos dizem que foi uma violação dos costumes islâmicos, também causou ressentimento.

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