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Filho da ex-presidente Bachelet é indiciado por suposta fraude no Chile

Sebastián Dávalo é investigado pela suposta participação na elaboração de relatórios vendidos em 2012 pela sociedade Caval a Vial Concha por US$ 1,9 milhão

Chile: Sebastián Dávalos, está proibido de sair do país (Jorisvo/Thinkstock)

Chile: Sebastián Dávalos, está proibido de sair do país (Jorisvo/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2018 às 20h56.

Sebastián Dávalos, filho da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, foi indiciado nesta quarta-feira por fraude contra o empresário Gonzalo Vial Concha em um dos desdobramentos do chamado "Caso Caval", cuja investigação tem vários outros acusados, entre eles sua esposa Natalia Compagnon.

Segundo fontes judiciais, o Juizado de Garantia da cidade de Rancagua, vizinha a Santiago, determinou medidas cautelares contra Dávalos, entre elas a proibição de sair do país.

O filho da ex-governante é investigado pela sua suposta participação na elaboração de relatórios que foram vendidos pela sociedade Caval a Vial Concha no valor de US$ 1,9 milhão em 2012.

No entanto, de acordo com o estabelecido na investigação após a denúncia apresentada pelo denunciante, os relatórios foram copiados da internet e de sites de alguns organismos como a Comissão Chilena do Cobre (Cochilco).

Na mesma diligência também se voltou a formalizar pela mesma causa os sócios da empresa, Natalia Compagnon (esposa de Dávalos) e Mauricio Valero, para os quais o tribunal manteve a proibição de deixar o Chile.

O Ministério Público chileno agora terá que determinar o grau de participação de cada um dos supostos envolvidos.

O Caso Caval foi um negócio imobiliário realizado pela Caval, uma empresa da qual Natalia Compagnon é sócia, e que lhe permitiu obter lucros de US$ 6 milhões com a compra e posterior venda de terrenos que seriam urbanizados.

O processo, cuja investigação tem vários outros acusados, entre eles Compagnon, e um condenado à prisão, sepultou a popularidade da ex-presidente Michelle Bachelet desde que se tornou público, no início de 2015, até o final do seu mandato, no último dia 11 de março.

Paradoxalmente, com exceção de Dávalos e sua esposa, todos os demais implicados estão relacionados com partidos de direita e o único condenado do caso, Hermann Chadwick, é sobrinho do atual presidente, Sebastián Piñera.

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