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Figueiredo atribui queda da violência na Venezuela à Unasul

Desde 12 de fevereiro, a Venezuela vive uma intensa onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que deixou 41 mortos e 700 pessoas feridas


	Ministro das Relações Exteriores: Figueiredo afirmou que uma das maiores "conquistas" da ação da Unasul foi conseguir o início de um diálogo entre representantes do governo venezuelano e a opositora MUD

	
	
 (AFP/Getty Images)

Ministro das Relações Exteriores: Figueiredo afirmou que uma das maiores "conquistas" da ação da Unasul foi conseguir o início de um diálogo entre representantes do governo venezuelano e a opositora MUD (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 17h21.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, atribuiu nesta quarta-feira a queda dos níveis de violência nos protestos na Venezuela ao diálogo político iniciado com a mediação da Unasul.

"Conseguimos estabelecer consequências dessa ação conjunta em várias frentes, alcançando inclusive condições para diminuir o nível de violência nas cidades venezuelanas", disse o chanceler durante um audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Figueiredo afirmou que uma das maiores "conquistas" da ação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foi conseguir o início de um diálogo entre representantes do governo venezuelano e a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Desde 12 de fevereiro, a Venezuela vive uma intensa onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que deixou 41 mortos e 700 pessoas feridas.

O diálogo mediado pela Unasul começou em 10 de abril e conta além disso com o apoio do Vaticano, representado pelo núncio apostólico em Caracas, Aldo Giordano.

A Unasul foi representada no diálogo pelos chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín; Equador, Ricardo Patiño, e o próprio Figueiredo, que insistiu hoje que sua ação na Venezuela demonstrou a "capacidade negociadora" do bloco.

Alguns deputados da oposição ao governo brasileiro criticaram a postura do Brasil em relação ao governo de Maduro e reivindicaram uma posição mais firme "em defesa da democracia".

Duarte Nogueira (PSDB-SP) foi um dos mais incisivos e afirmou que o governo de Dilma Rousseff se "aliou" a "ditaduras", entre as quais citou o Irã e a própria Venezuela.

Figueiredo evitou aprofundar o debate sobre as liberdades na Venezuela, e argumentou que apesar da gestão de Unasul, são os próprios venezuelanos que devem resolver suas diferenças.

O chanceler disse ainda que o Brasil "é uma referência mundial" em questões relativas à democracia e ao combate à pobreza e fome.

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