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Fifa terminará investigação sobre corrupção no dia 9

Entidade vai encerrar as investigações acerca das suspeitas de corrupção nas escolhas das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022


	Em Doha, no Catar, operário trabalha em obra da Copa do Mundo de 2022
 (Sean Gallup/Getty Images)

Em Doha, no Catar, operário trabalha em obra da Copa do Mundo de 2022 (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 13h23.

Zurique - Apesar das novas denúncias envolvendo o Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, a Fifa informou nesta segunda-feira que vai encerrar as investigações acerca das suspeitas de corrupção nas escolhas das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022 no próximo dia 9.

Nesta data, o norte-americano Michael Garcia, responsável pelas investigações, vai encerrar sua apuração. E, num prazo de seis semanas, vai entregar um relatório com o resultado final de sua investigação ao Comitê de Ética da Fifa.

"Depois de meses de entrevistas com testemunhas e busca por material, nós pretendemos completar esta fase de investigação no dia 9 de junho", declarou Garcia.

"O relatório vai considerar todas as potenciais evidências relacionadas ao processo de escolha das sedes, incluindo evidências coletadas em investigações anteriores", disse o americano.

Garcia revelou seu cronograma nesta segunda após ser questionado por diversos jornalistas neste fim de semana sobre as investigações, na esteira das denúncias feitas pelo jornal britânico The Sunday Times.

Ele, contudo, não confirmou se vai incluir em seu relatório os documentos que o periódico diz ter obtido.

No domingo, o jornal afirmou ter conseguido diversos documentos que comprovariam que dirigentes catarianos teriam subornado membros do Comitê Executivo da Fifa para a escolha do país na eleição realizada em dezembro de 2010.

Cartolas do Catar teriam pago pelo menos US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 11,2 milhões) para comprar votos para que o país fosse escolhido como sede do Mundial.

O maior alvo da denúncia é Mohamed Bin Hammam, um dos principais agentes do futebol do Catar, que teria atuado em diversas regiões do mundo para comprar apoio.

A principal delas foi justamente a África, que teve quatro cartolas votando na eleição. Bin Hammam teria usado mais de dez fundos para fazer dezenas de pagamentos de até R$ 447,8 mil para presidentes de 30 federações de futebol no continente.

No mesmo dia, o Comitê Organizador da Copa no Catar negou as acusações. "Bin Hammam não tomou parte, oficialmente ou não oficialmente no comitê de candidatura do país", disse a entidade.

E afirmou que o Comitê sempre foi guiado por altos padrões éticos. "O Comitê do Catar para a Copa de 2022 sempre sustentou altos padrões de ética e integridade em sua bem-sucedida candidatura".

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