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Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2010 às 09h37.
Johanesburgo - A Fifa obteve um lucro de US$ 196 milhões no ano de 2009 e ampliou seus recursos próprios para US$ 1,061 bilhão, segundo informou em seu 60º Congresso o presidente da comissão de Finanças, o argentino Julio Grondona.
Grondona reconheceu que as receitas superaram a previsão, apesar da crise econômica internacional e lembrou que em 2003, a instituição tinha US$ 11 milhões em fundos negativos.
"Para que o atual ciclo 2007-2010 tenha sucesso, dependemos do Mundial, mas após a experiência da Copa das Confederações de 2009, podemos ser otimistas", assinalou Grondona.
Markus Kattner, diretor de finanças da Fifa, lembrou que em 1999 a situação era de US$ 42 milhões, por isso que os US$ 1,061 bilhão de recursos próprios representam na atualidade "uma base sólida de capital próprio que dá independência em tempos de crise e dá suporte para situações imprevistas".
Esta nova situação permitiu aumentar o investimento nos programas de desenvolvimento feitos pela Fifa e que passou dos US$ 14 milhões do período 1995-1998 para os US$ 691 milhões do período 2007-2010, US$ 172 milhões deles investidos em 2009, o que multiplica por 50 a contribuição econômica a estes projetos.
Em 2009, a Fifa recebeu US$ 1,059 bilhão, gastou US$ 863 milhões, um superávit de US$ 196 milhões. Cerca de 97% da receita provém do rendimento da televisão (US$ 650 milhões) e do marketing (US$ 277 milhões).
No capítulo dos investimentos, dos US$ 863 milhões gastos, US$ 456 milhões foram destinados para as competições, explicou Kattner, quem detalhou que os ativos chegam a US$ 2,104 bilhões e US$ 1,043 bilhão representam os passivos correntes, o que propicia os fundos próprios de US$ 1,061 bilhões.
"O ano 2009 pode ser considerado de sucesso do ponto de vista financeiro", disse Kattner, enquanto os auditores destacaram a grande dependência no Mundial que têm os números da Fifa e que embora a capacidade do capital próprio pode parecer elevada, a Fifa corre riscos que superam este capital.
Destacaram os auditores que, dentro de uma situação econômica propício, o capital próprio só cobre as despesas de ano e meio de suas atividades.
Após ser aprovado o relatório com 202 votos a favor e um contra, Kattner informou que para o período 2011-2014 estão previstas receitas de US$ 3,8 bilhões e despesas de US$ 3,6 bilhões, US$ 200 milhões de lucro.