Mundo

FIDH revela existência de necrotério com 450 corpos em Trípoli

Organização acredita que pelo menos 300 pessoas morreram nos confrontos dessa segunda-feira

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 13h23.

Paris - A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) revelou nesta terça-feira que se instalou em Trípoli uma necrotério que poderia conter até 450 vítimas da repressão do regime líbio de Muammar Kadafi.

O diretor-executivo da FIDH, Antoine Bernard, disse à Agência Efe que, segundo ativistas líbios de direitos humanos, esse necrotério foi instalado em uma escola situada ao lado do principal hospital da capital líbia.

A FIDH informou na segunda-feira que os protestos iniciados na semana passada no país deixaram pelo menos 300 mortos e, segundo Bernard, ainda não se está em condições de oferecer números atualizados.

O representante da ONG acrescentou que a repressão aos protestos com disparos e bombardeios de aviões de combate e helicópteros constitui um "crime contra a humanidade" e pediu que seus responsáveis "não fiquem impunes".

Em referência à reunião que o Conselho de Segurança da ONU iniciou nesta terça-feira para abordar a grave crise no país, fez uma chamada para que a comunidade internacional se mobilize a favor da "cessação do massacre".

Em entrevista à emissora de rádio "France Info", o presidente de honra da FIDH, Patrick Baudouin, denunciou nesta terça-feira que o regime de Kadafi está utilizando "armas pesadas" contra a população e pediu a intervenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o "banho de sangue" na Líbia.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Após impor tarifa de 50%, governo Trump inicia investigação comercial contra o Brasil, diz jornal

Trump confirma avanços em negociações comerciais com União Europeia

EUA impedirá que imigrantes peçam liberdade sob fiança em processo de deportação

Trump diz que vai taxar produtos do Brasil em 50% porque 'eu posso'