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FIDH acusa Israel de crimes de guerra na Faixa de Gaza

FIDH considera que a operação israelense em 2014 foi marcada por "sérias violações das leis internacionais que garantem os direitos humanos"

Reservatório de água destruído em um ataque israelense ao povoado de Khuzaa, sul da Faixa de Gaza (Said Khatib/AFP)

Reservatório de água destruído em um ataque israelense ao povoado de Khuzaa, sul da Faixa de Gaza (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 11h26.

Paris - O exército israelense cometeu crimes de guerra e contra a humanidade durante a ofensiva no verão de 2014 na Faixa de Gaza, acusa um relatório da Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH).

Depois de uma missão no local em outubro de 2014, a FIDH considera que a operação israelense, batizada "Barreira de Proteção", foi marcada por "sérias violações das leis internacionais que garantem os direitos humanos", em um documento com o título "Presa e castigada: a população de Gaza durante a operação Barreira de Proteção".

Desde que Israel iniciou a operação, a FIDH condenou com veemência o que, em um primeiro momento, pareciam "violações das leis internacionais dos direitos humanos cometidas pelas autoridades israelenses e seu exército", recorda o relatório.

"(A FIDH) igualmente condenou os lançamentos indiscriminados de foguetes e morteiros pelas forças palestinas, que provocaram mortos e feridos civis em Israel", completa o texto.

"No entanto, o fato de que os grupos palestinos infringem as leis internacionais não dá carta-branca às forças israelenses".

A equipe de investigadores da FIDH que viajou à Faixa de Gaza visitou várias cidades e bairros severamente bombardeados como Rafah, Khan Yunes, Beit Hanun e a cidade de Gaza, onde entrevistou testemunhas, autoridades e membros de ONGs palestinas de defesa dos direitos humanos.

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