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Fidel Castro e o PCC aprovaram previamente mudanças em Cuba

As mudanças são o primeiro passo na renovação geracional do regime, informou nesta segunda-feira o jornal oficial Granma


	Os irmãos Fidel e Rául Castro durante votação na Assembleia Nacional: Fidel convocou os dirigentes históricos a entenderem a necessidade de deixar seus postos (Ismael Francisco/AFP)

Os irmãos Fidel e Rául Castro durante votação na Assembleia Nacional: Fidel convocou os dirigentes históricos a entenderem a necessidade de deixar seus postos (Ismael Francisco/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 11h30.

Havana - O líder cubano Fidel Castro e o Partido Comunista (PCC, único) autorizaram o presidente Raúl Castro para as mudanças realizadas no domingo nas estruturas do poder em Cuba, primeiro passo na renovação geracional do regime, informou nesta segunda-feira o jornal oficial Granma.

As mudanças também foram aprovadas por uma reunião plenária do Comitê Central do PCC, na mesma manhã de domingo, antes da sessão parlamentar, que não foi informada imediatamente.

O Granma disse que "os membros do Comitê Central aprovaram os que mais tarde seriam apresentados aos deputados na sessão plenária".

"Embora o Partido não indique, tampouco pode ignorar a eleição dos líderes máximos do governo", disse Raúl Castro ao plenário, segundo o Granma. O presidente é o primeiro-secretário do Partido desde abril de 2011.

Fidel Castro, de 86 anos, participou no domingo de uma sessão matutina na qual se constituiu o novo Parlamento, que escolheu posteriormente os 31 novos membros do Conselho de Estado, máximo órgão executivo da ilha presidida por seu irmão Fidel, e em seu discurso convocou os dirigentes históricos a entenderem a necessidade de deixar seus postos.


"Não lutamos por glória ou honras; lutamos por ideias que consideramos justas", expressou Fidel, que deixou em 2006 o comando ao seu irmão Raúl por razões de saúde e foi reeleito como deputado em 3 de fevereiro.

Afirmou que não ocupará muito "o espaço deste honroso assento como deputado, e não por falta de vontade, mas por imperativo da natureza".

O Conselho de Estado reelegeu no domingo Raúl Castro como presidente para seu último mandato de cinco anos, e nomeou Miguel Díaz-Canel, de 52 anos, como primeiro vice-presidente, no lugar do líder histórico José Ramón Machado, de 82 anos.

Outro da velha guarda, o ministro do Interior Abelardo Colomé, passou de vice-presidente a membro do Conselho de Estado, enquanto o também histórico José Ramón Balaguer ficou fora deste corpo.

Fidel Castro agradeceu profundamente ter sido reeleito como deputado e afirmou que jamais pensou que "minha existência se prolongasse tanto, e que o inimigo (Estados Unidos) fosse suficientemente torpe em seu odioso ofício de eliminar adversários decididos a lutar".

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