Fardos de celulose para exportação estocados em uma fábrica da Fibria em Aracruz (Rich Press//Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 16h17.
São Paulo - A produtora de celulose Fibria, autossuficiente em energia elétrica, recebeu um impulso nos resultados do segundo trimestre com a venda da eletricidade excedente gerada por seus processos produtivos, estratégia que será mantida até o fim do ano e que aproveita os altos preços da energia no curto prazo.
A Fibria disse que houve venda adicional de energia equivalente a 27 reais por tonelada de celulose produzida no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior.
O resultado ajudou a minimizar a alta do custo de produção da companhia por conta de paradas em fábricas da companhia para manutenção.
O custo caixa de produção da Fibria no segundo trimestre ficou em 559 reais por tonelada, alta de cerca de 2 por cento sobre o mesmo intervalo do ano anterior.
"O plano até o fim desse ano é maximizar a cogeração de energia e continuar vendendo (o excedente)", disse o presidente-executivo da Fibria, Marcelo Castelli, a jornalistas.
Segundo ele, os preços de energia vão variar conforme a intensidade do fenômeno El Niño, mas devem continuar favoráveis para a Fibria.
O El Niño ocorre com aquecimento de águas do Pacífico e afeta padrões da atmosfera, desencadeando inundações e secas em diferentes partes do globo.
Na semana passada, a agência australiana de meteorologia, afirmou que a perspectiva de ocorrência de um El Niño forte neste ano é cada vez mais improvável.
A Fibria divulgou mais cedo que encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 631 milhões de reais, revertendo prejuízo sofrido um ano antes.
Às 15h05, as ações da companhia lideravam os ganhos do Ibovespa na sessão, mostrando valorização de quase 4 por cento.