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FGV: clima econômico na AL fica estável em janeiro

Nos 11 países pesquisados, seis registraram aumento no índice de clima econômico

Centro de Buenos Aires: Argentina é um dos países que apresentaram queda no clima econômico (AFP)

Centro de Buenos Aires: Argentina é um dos países que apresentaram queda no clima econômico (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 09h54.

São Paulo - Em janeiro deste ano, a avaliação dos especialistas sobre a economia latino-americana ficou estável. É o que mostrou hoje o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina, que registrou 5,8 pontos, resultado idêntico ao da pesquisa anterior, realizada em outubro de 2010. A conclusão consta da Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Instituto IFO) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A sondagem é trimestral e suas respostas são usadas para cálculo do ICE, que é calculado com base em uma escala de zero a nove pontos. Entre os dois componentes do ICE, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou de 5,8 para 5,9 pontos e o Índice de Expectativas (IE) recuou de 5,8 para 5,7 pontos, de outubro de 2010 para janeiro de 2011.

Nos 11 países pesquisados para cálculo do indicador, seis registraram aumento no índice de clima econômico, de outubro para janeiro. É o caso de Chile, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Cinco países - Venezuela, Colômbia, Bolívia, Brasil e Argentina - apresentaram queda no clima econômico no período. Porém, as quedas ocorridas no Brasil e na Argentina foram de menor intensidade que as registradas nos três primeiros países, de apenas 0,1 ponto porcentual. A sondagem ouviu 143 especialistas em 18 países durante o mês de janeiro.

Inflação

O temor de um aumento da inflação mundial em 2011 cresceu entre os países latino-americanos, segundo a sondagem. A previsão para a taxa de inflação mundial em 2011 saltou de 3,1% para 3,4% de outubro para janeiro. As expectativas de aumento na taxa de juros estão associadas a essa tendência.

Protecionismo

Brasil, Colômbia, Chile e México vislumbram um risco cada vez maior de medidas protecionistas comerciais para conter possíveis desdobramentos de uma guerra cambial. É o que mostrou hoje a Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Instituto Ifo, da Universidade de Munique, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em sua edição de janeiro, a sondagem realizou uma enquete especial sobre o tema "guerra cambial", não somente na América Latina, mas em todas as regiões, em escala mundial. O atual cenário cambial no mundo revela o risco de medidas protecionistas comerciais para 70% dos especialistas consultados em todas as regiões.

No entanto, a sondagem mostra que, na América Latina, este tema tem "peso diferenciado" entre os 11 países pesquisados. No Brasil, no México, na Colômbia e no Chile, 92% dos entrevistados concordam que existe um risco elevado de se adotar este tipo de medida protecionista. Ao se consultar os analistas dos sete países restantes dentro da sondagem (Argentina, Bolívia, Equador Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela), este porcentual cai para 78%. A sondagem ouviu 143 especialistas em 18 países no mês de janeiro.

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