Emmanuel Macron durante a campanha pela presidência da França (REUTERS/Philippe Wojazer/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de abril de 2017 às 06h53.
Última atualização em 24 de abril de 2017 às 06h54.
Paris - A festa em uma "brasserie" de Paris com a qual o social liberal Emmanuel Macron comemorou na noite de ontem rodeado de famosos sua passagem para o segundo turno nas eleições francesas valeu ao candidato sua primeira polêmica.
As fotografias de Macron em pose triunfal e rodeado de gente famosa não demoraram a ser comparadas com as da festa do ex-presidente Nicolas Sarkozy no luxuoso restaurante "Fouquet's" em 6 de maio de 2007, dia de sua vitória.
Embora os preços no restaurante "La Rotonde", onde Macron comemorou os resultados, sejam mais em conta e a lista de convidados do ex-ministro da Economia também tenha sido menor, as críticas não demoraram a chegar.
"Macron fazendo festa em La Rotonde. Atenção: Não nos esqueçamos do Fouquet's", escreveu um internauta no Twitter.
Para Sarkozy, sua comemoração nesse restaurante forjou sua criticada imagem de novo rico, aficionado ao luxo e à exposição pública de sua vida privada.
A reprovação a Macron se espalhou, além disso, pelo fato de ele fazer festa após uma eleição na que a extrema direita, representada por Marine Le Pen, assegurou sua vaga no segundo turno.
"Vocês não entenderam nada. (...) Não creio que no Fouquet's houvesse muitas secretárias, agentes de segurança. Esse entorno parisiense não tem que me dar nenhuma lição", se defendeu o candidato, que ficou em primeiro lugar no primeiro turno com 23,75% dos votos, 2,23 pontos percentuais a mais que Marine.