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Fernández promete levar lei de aborto ao Congresso "o quanto antes"

Presidente eleito na Argentina não esclareceu se vai procurar descriminalizar ou legalizar a prática, como pedem os movimentos de mulheres

Mulheres a favor da legalização: Na Argentina, o aborto só é permitido em casos de estupro, ou se a vida da mulher está em risco (Agustin Marcarian/Reuters)

Mulheres a favor da legalização: Na Argentina, o aborto só é permitido em casos de estupro, ou se a vida da mulher está em risco (Agustin Marcarian/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de novembro de 2019 às 14h15.

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, vai impulsionar um projeto de legalização do aborto, com a intenção de que seja aprovado "o quanto antes", afirmou em uma entrevista neste domingo (17).

"Vou tentar que saia o quanto antes. Não depende só de mim", declarou ao jornal Página/12 consultado se uma "lei do aborto" poderia ser apresentada ao Congresso ainda nesse ano, no período de sessões extraordinárias.

O futuro presidente disse ser "um defensor de dar fim à criminalização do aborto" e garantiu que enviará um projeto de lei ao Congresso assim que assumir o governo, em 10 de dezembro, sem esclarecer se vai procurar apenas descriminalizar ou legalizar a prática, como pedem os movimentos de mulheres.

Na Argentina, o aborto só é permitido em casos de estupro, ou se a vida da mulher está em risco.

Em 2018, em meio a enormes mobilizações de mulheres, pela primeira vez se debateu um projeto de lei de aborto legal no Congresso argentino. Ele foi aprovado pelos deputados, mas rejeitado no Senado, tradicionalmente mais conservador.

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