Mundo

Feriado nos Estados Unidos é um teste para flexibilização do isolamento

Autoridades estão preocupadas que a lotação de praias no feriado possa levar a uma segunda onda da epidemia do novo coronavírus

EUA: país é o primeiro em número de mortes e de casos confirmados de coronavírus

EUA: país é o primeiro em número de mortes e de casos confirmados de coronavírus

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2020 às 06h41.

Última atualização em 25 de maio de 2020 às 07h07.

Os americanos celebram nesta segunda-feira um dos feriados mais importantes do calendário dos Estados Unidos. Conhecido como “Memorial Day”, o feriado homenageia os homens e mulheres das Forças Armadas mortos em combate. A celebração ocorre sempre na última segunda-feira de maio, um feriadão que marca o início da temporada do verão e, portanto, leva muitos americanos ao litoral.

O problema, um sério problema, é que os Estados Unidos foram duramente afetados pela pandemia do novo coronavírus. O país é o primeiro em número de mortes e de casos confirmados (97.686 e 1,6 milhão, respectivamente) e a gravidade da situação fez o governo declarar emergência nacional, além de implementar duras medidas de confinamento. A pior fase da epidemia no país parece já ter passado e agora vem sendo iniciado um gradual processo de reabertura.

É por isso que o feriado deixa as autoridades arrepiadas. Festas e aglomerações são comuns – tudo o que é contraindicado no combate ao novo coronavírus. Sabe-se que o relaxamento das restrições irá causar um aumento no número de casos e de mortes. No entanto, o temor é o de que o fim de semana prolongado, associado ao fim do confinamento, dê às pessoas uma falsa sensação de segurança. Isso pode deixar os americanos mais vulneráveis ao contágio e pode ainda colocar em risco os avanços feitos nas últimas semanas, causando uma segunda onda da epidemia na pior das hipóteses.

Nos estados mais ao sul do país, o fim de semana foi marcado por praias lotadas e pelo grande movimento de pessoas em locais turísticos e a tendência é que o movimento continue alto nesta segunda-feira. Na quinta-feira, 21, o presidente Donald Trump avisou que não irá fechar o país novamente, se uma segunda onda da epidemia ganhar força. “Vamos apagar os incêndios, se é uma brasa ou uma chama, vamos apagar. Mas não vamos fechar o país novamente”, disse Trump.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)Exame Hoje

Mais de Mundo

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e quem invadir sua casa será baleado

Após explosões no Líbano, Conselho de Segurança discute a escalada entre Israel e Hezbollah

Secretário-geral da ONU conversa com Maduro e expressa 'preocupação' sobre crise na Venezuela

Serviço Secreto dos EUA reconhece falhas em tentativa de assassinato de Trump