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Fenômenos de 2020: formigas amarelas loucas se espalham pela Austrália

Inseto, que forma super colônias e libera um ácido que pode cegar animais domésticos, invadiu uma área de 2.500 quilômetros quadrados

Formigas amarelas loucas liberam um ácido que pode cegar animais domésticos (Getty Images/Getty Images)

Formigas amarelas loucas liberam um ácido que pode cegar animais domésticos (Getty Images/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 10h23.

As formigas amarelas loucas, que ganharam esse nome devido ao movimento frenético que fazem com suas longas pernas e antenas quando são pertubadas, estão se espalhando pelo Estado de Queensland, na Austrália, o que tem preocupado as autoridades locais. Elas já atingiram uma área de mais de 2.500 quilômetros quadrados.

Essa espécie de formiga é considerada bastante invasiva, sendo capaz de formar super colônias e prejudicar o ecossistema local. Na Austrália, elas estão se reproduzindo em locais considerados patrimônios naturais da humanidade.

As formigas loucas soltam um ácido que pode cegar pássaros e bichos de estimação, além de outros animais. A substância também prejudicar a visão de seres humanos e causar irritações na pele.

Normalmente, as formigas amarelas loucas se alimentam de insetos e largatos, o que também pode constituir um problema. Um dos locais que elas estão invadindo na Austrália é a região do Rio Negro, perto da floresta de Clemant, um santuário da lagartixa Gulbaru, que corre perigo de extinção.

O inseto, que tem o nome científico de Anoplolepis gracilipes, se originou na África, mas acabou se espalhando para o Sudeste da Ásia e chegou à Austrália em 2001. As formigas amarelas facilmente se confundem com a vegetação, inclusive dos gramados das casas das familias. Elas também são encontradas em latas de lixo e podem acabar sendo transportadas de um lugar para outro, sem querer, o que facilita sua proliferação.

O Conselho de Espécies Invasivas da Austrália está estudando medidas para erradicar o inseto. Ainda está se buscando a causa para a proliferação dos insetos neste ano, o que pode estar relacionado às mudanças climáticas.

 

 

 

 

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