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Feministas criam jornal online formado só por mulheres

''Não é que seja um jornal para mulheres, mas é um diário feito por mulheres, sendo que todas as nossas fontes também são mulheres'', disse Kena Lorenzini

Rosto feminino: Iniciativa surgiu através de após alguns encontros jornalísticos, onde as mulheres se reuniam para discutir sobre o feminismo de esquerda (Stock.XCHNG)

Rosto feminino: Iniciativa surgiu através de após alguns encontros jornalísticos, onde as mulheres se reuniam para discutir sobre o feminismo de esquerda (Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 19h15.

Santiago do Chile  - Um grupo de sete profissionais da imprensa lançou no Chile o primeiro jornal online integrado unicamente por mulheres, o qual possui a intenção de ressoar a voz feminina em um ambiente social e midiático predominantemente formado por homens.

''Queremos fazer parte do debate nacional. Não é que seja um jornal para mulheres, mas é um diário feito por mulheres, sendo que todas as nossas fontes também são mulheres'', relatou hoje à Agência Efe Kena Lorenzini, diretora do ''lamansaguman.cl''.

O jornal Lamansaguman, que brinca com a expressão chilena ''mansa'' (tremenda) e a pronuncia da palavra ''woman'' (mulher em inglês), iniciou sua caminhada no último dia 5 de julho e se apresenta como ''a voz política das histéricas, santas, bruxas, loucas, putas e de todas as mulheres''.

Segundo Kena, esta iniciativa surgiu através de após alguns encontros jornalísticos, onde as mulheres se reuniam para discutir sobre o feminismo de esquerda. A partir deste primeiro passo, as mulheres decidiram dar ressonância para essas conversas através de um jornal próprio.

Apesar dessa marcada linha editorial, Kena, que é fotógrafa de profissão, assegura que ''há mulheres de direitas que se sentem identificadas com este projeto porque a maioria dos temas abordados é transversal''.

As sete integrantes do jornal possuem outros trabalhos e dedicam o tempo livre ao jornal, que não conta com nenhum investimento e nem publicidade.

Além das mulheres, outros representantes da sociedade e da cultura chilena também colaboram, por iniciativa própria, com o jornal, que traz informações e também seções de humor, erotismo e contos.

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