Larry Nassar: ex-médico está cumprindo condenação de 60 anos de prisão por pornografia infantil e se declarou culpado de 10 acusações de agressão sexual (Brendan McDermid/Reuters)
AFP
Publicado em 13 de julho de 2018 às 18h52.
A Federação de ginásticas dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a criação de um grupo de trabalho formado por atletas, com o objetivo de dar voz aos esportivas em tentativa de reabilitar a instituição, após o escândalo de abuso sexual de Larry Nassar.
Os membros incluirão Ivana Hong e Steven Legendre, da ginástica, Shenea Booth, da ginástica acrobática, Jazzy Kerber, da ginástica rítmica, e Leigh Hennessy Robson, de tumbling e trampolim.
O time de trabalho estará envolvido na busca de novas instalações de treinamento de alto rendimento, tutoria e iniciativas educativas esportivas seguras.
"Os atletas são o coração e a alma de nossa organização. Se proporcionarão uma perspectiva e orientação importantes para tomar decisões informadas e transformar nossa cultura", disse a presidente da USA Gymnastics, Kerry Perry.
Também espera-se que o grupo seja um agente estabilizador, já que a organização tenta se recuperar do escândalo sob nova direção e com maiores regulações de segurança.
"A necessidade de mudança golpeou duramente a comunidade da ginástica no ano passado, criando um momento poderoso com enormes expectativas e oportunidades", disse Robson. "Temos a chance de ter um impacto", acrescentou.
Médico do time nacional, Nassar foi acusado de agressão sexual sob o pretexto de tratamento de mais de 265 mulheres, muitas delas ex-campeãs olímpicas pelos EUA. O ex-médico está cumprindo condenação de 60 anos de prisão por pornografia infantil e se declarou culpado de 10 acusações de agressão sexual.